Publicação: 01/10/2016 03:00
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A indústria da pornochanchada: Segunda temporada de Magnífica 70 estreia neste domingo e explora corrupção, discussão sobre gênero, censura e traumas emocionais nos bastidores da produção cinematográfica dos anos 1970 |
O jeitinho brasileiro na Boca do Lixo
FERNANDA GUERRA
fernandaguerra.pe@dabr.com.br
São Paulo - A história se passa na década de 1970, mas não ignora a época atual. Em Magnífica 70, a evolução das personagens femininas dialoga diretamente com o empoderamento feminino que impera nas discussões de gênero dos últimos anos. A corrupção aparece como uma característica atemporal do brasileiro. Já a indústria cinematográfica - com foco na pornochanchada - surge dividida entre cinema de arte e comercial, com interferências externas de investidores e da censura. A inserção de tais assuntos foi proposital: os realizadores acreditam que não seria tão interessante ignorar a variedade temática.
Com nuances mais dramáticas que a primeira, a segunda temporada do seriado dirigido por Cláudio Torres e Carolina Jabor (Boa sorte) estreia neste domingo, às 22h, na HBO. A preocupação estética e a direção de arte prevalecem como diferenciais. Magnífica 70 acompanha uma produtora da Boca do Lixo, polo cinematográfico de pornochanchada da década de 1970. Após a morte de Larsen, os personagens de Simone Spoladore, Adriano Garib, Marcos Winter e Maria Luísa Mendonça estão emocionalmente desestruturados.
“A Dora carrega uma culpa de ter matado um homem. Ela vai viver esse processo. Nesta segunda temporada, ela se droga mais”, explica Simone. A evolução de Izabel (Maria Luísa Mendonça) é mais nítida. Atrás das câmeras, interfere com mais força. “Ela é uma mulher muito atual. Lida com o problema de frente. Lá, ela era um pouco à frente do tempo dela. A gente faz um trabalho de reconstrução de uma época importante de São Paulo e do Brasil”, afirma a atriz.
Vicente (Marcos Winter), ao conciliar as vidas de censor e diretor de filmes, mantém o fascínio por Dora, mas carrega um peso mais dramático. A ficção, para o quarteto de protagonistas, é uma saída. ”Somos personagens sofrendo consequências de nossos atos criminosos. Tentando se livrar desses atos, nós vamos nos afundando”, diz Winter. Mais atormentado, Manolo (Adriano Garib) está frágil. A nova temporada mostra “o jeitinho brasileiro” como um dos pilares da corrupção da sociedade. Em uma das cenas, Suely censura os filmes sem justificativa consistente, para não prejudicar a estreia do filme dela.
A repórter viajou a convite da HBO
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