A má sorte dos musicais

Publicação: 25/02/2017 03:00

La La Land: Cantando estações é um fenômeno, não há dúvida. Além do sucesso de crítica e de público no mercado norte-americano, o filme é recordista em indicações na história do Oscar (14), empatado com outras duas produções: Titanic (1997) e A malvada (1950). O mais surpreendente na marca é o fato de ser um musical, gênero tradicionalmente pouco premiado.

O clássico absoluto Cantando na chuva (1952), bastante referenciado em La La Land, por exemplo, teve apenas duas nomeações: Atriz Coadjuvante (Jean Hagen) e Canção Original. Mais sorte teve O mágico de Oz, indicado a seis categorias, incluindo Melhor Filme, e premiado em Canção Original e Trilha Sonora. Astros consagrados do gênero, como Fred Astaire e Gene Kelly também nunca levaram a cobiçada estatueta para casa.

Outro musical que amealhou grande número de nomeações foi Mary Poppins (1958). Com 13 indicações, o longa da babá encantada vivida por Julie Andrews saiu da cerimônia com cinco estatuetas, mas não a mais importante da premiação. Dos 88 Oscars já entregues aos melhores filmes na premiação, apenas dez foram para musicais. O último deles foi Chicago (2002), em uma lista que inclui Sinfonia de Paris (1951), Minha bela dama (1964) e A noviça rebelde (1965).