Cresce o império de Mickey Mouse Indústria do entretenimento passará por várias reestruturações após a aquisição bilionária de parte da 21st Century Fox pelo grupo Walt Disney

BRENO PESSOA
breno.pessoa@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 15/12/2017 03:00

Um negócio de U$ 52,4 bilhões entre duas gigantes do entretenimento, anunciado ontem, e grande parte das atenções estão voltadas para o que isso deve representar para o futuro cinematográfico da Marvel. Sim, a compra de parte da 21st Century Fox pelo grupo Walt Disney pode sinalizar a integração quase completa dos personagens da editora de quadrinhos nos cinemas, provavelmente uma boa notícia para os fãs, mas há outros desdobramentos ainda mais relevantes.

O portfólio da casa do Mickey Mouse já é forte o bastante há algumas décadas, mas o poderio não para de crescer, sobretudo nos últimos anos. Vale recapitular que a companhia adquiriu a Pixar, em 2006, a Marvel, em 2009, e a Lucasfilm, em 2013. Com essas três compras, a Disney trouxe para seu guarda-chuva parte expressiva das franquias mais lucrativas de todos os tempos da sétima arte. A aquisição da 21st Century Fox acrescenta à lista outras marcas rentáveis.

No campo dos super-heróis, significa o retorno do controle criativo sobre vários personagens da própria Marvel, cujos direitos para adaptações pela indústria cinematográfica foram postos à venda quando a editora amargava a maior crise dos anos 1990. A lista inclui franquias rentáveis como a já longeva X-Men e a recente Deadpool, além de Quarteto Fantástico, embora esta última ainda não tenha alcançado o devido sucesso em adaptações para o cinema.

Mas, vale ressaltar, o pacote comprado pela Disney inclui outras interessantes fontes de renda: a franquia Avatar, de James Cameron, que tem pela frente quatro sequências prometidas, Planeta dos macacos, revitalizada recentemente nos cinemas com uma ótima trilogia e a bem-sucedida série de animação Era do gelo, já com cinco longas lançados.