A banda russa Pussy Riot, conhecida por fazer ativismo contra o presidente russo Vladimir Putin, anunciou dois shows no Brasil. Um deles será no Recife, na programação do Abril Pro Rock, em 19 de abril. A segunda apresentação será no Fabrique Club (dia 20), casa de shows em São Paulo. A 27ª edição do festival pernambucana, inclusive, adicionou mais uma data na programação - anteriormente, seriam apenas nos dias 12 e 20 de abril. Bandas como a finlandesa Amorphis, a norte-americana Nuclear Assault, a mineira The Mist, a paulita Eskröta e a baiana Malefactor já foram anunciadas na grade.

Mais conhecida pelo ativismo do que pela música, a Pussy Riot foi formada em 2011 com o objetivo de misturar arte e política em vídeos e performances rápidas, na maioria das vezes não autorizadas. As integrantes geralmente se apresentam com os rostos cobertos por balaclavas, espécie de touca ninja. Na música, dizem se inspirar principalmente em bandas inglesas de punk rock e no movimento feminista americano Riot Grrrl, surgido nos anos 1990. Atualmente, mostra-se numa nova fase, mais influenciada por pós-techno e música russa.

Em 2012, as três integrantes foram presas e processadas por cantarem uma “oração punk” no altar da Catedral de Cristo Salvador, em Moscou, pedindo que a Virgem Maria “livrasse” a Rússia de Vladimir Putin, o então primeiro-ministro e hoje presidente. No ano passado, integrantes do grupo invadiram o campo na final da Copa do Mundo, entre França e Croácia, sendo imediatamente retiradas.