Naquela mesa tá faltando ele... Se vivo estivesse, Nelson Gonçalves completaria 100 anos hoje. O Rei do Rádio receberá justas e saudosas homenagens, incluindo selo dos Correios

Publicação: 21/06/2019 09:00

Hoje é celebrado o centenário de nascimento de Nelson Gonçalves, um dos maiores cantores da história da música brasileira. Sua voz poderosa chegou a ditar padrões do que seria um verdadeiro intérprete, assim como os de Orlando Silva, Ângela Maria, entre outros. Foi só quando João Gilberto surgiu com sua bossa nova e seu canto baixinho, no fim da década de 1950, que foram abertos caminhos para outros estilos de cantores, que não tinham necessariamente vozeirões potentes. Mesmo assim, Nelson Gonçalves, enaltecido até por Frank Sinatra, continuou a ocupar o posto dos grandes intérpretes. O cantor de clássicos como A volta do boêmio e Naquela mesa teve mais de 80 milhões de cópias vendidas, possui museus espalhados pelo país e uma legião de fãs.

Considerado o Rei do Rádio, Nelson Gonçalves, falecido em 1998, receberá homenagens na data de seu centenário. Entre elas, o lançamento, pelos Correios, de um selo oficial dedicado a ele em cidades que fizeram parte de sua trajetória: em São Paulo, para onde ele se mudou ainda criança; no Rio de Janeiro, onde o cantor consolidou sua carreira; e em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, onde Nelson nasceu, no dia 21 de junho de 1919, filho de portugueses. O selo traz a imagem do cantor em preto e branco, com uma aplicação dourada em que se lê “Nelson Gonçalves - Centenário” e “A Maior Voz do Brasil”.

Além disso, a Sony Music vai liberar nas plataformas de streaming, a partir de hoje, grande parte da obra de Nelson Gonçalves. No total, estarão disponíveis 35 álbuns da obra do cantor, incluindo 27 originais e oito coletâneas inéditas digitalmente. As obras, lançadas originalmente entre as décadas de 1950 e 1990, foram restauradas e remasterizadas e serão acompanhadas por playlists temáticas do cantor. Entre os álbuns estão Noel Rosa na voz romântica de Nelson Gonçalves (1955), Meu perfil (1960), Eu e minha tristeza (1962), A voz de seresteiro (1965), Nelson Gonçalves e o tango (1967), Só nós dois (1970), Sempre boêmio (1972), Eu te amo (1978), Conclusão (1982), Joias musicais (1983),  Ele & elas (1984) e O boêmio e o pianista (1992).

O projeto integra o processo de digitalização do catálogo de Nelson, que inclui restauração de tapes analógicos e projetos gráficos originais dos 35 discos do cantor. A gravadora deixará disponível também playlists temáticas, com curadoria de Rodrigo Faour.

CHICO BUARQUE

Assim como Nelson Gonçalves, boa parte da obra de Chico Buarque também estará disponível pela Sony nas plataformas a partir de hoje, em comemoração aos 75 anos do cantor e compositor, completados na última quarta-feira. Entrarão no catálogo digital, pela primeira vez, alguns discos da carreira de Chico gravados entre 1987 e 2001, pelo antigo selo BMG. Serão 17 álbuns, incluindo oito coletâneas. Além de registros ao vivo, a lista traz Francisco (1987), Chico Buarque (1989), ParaTodos (1993), Chico Buarque de Mangueira (1997) e Cambaio (2001), entre muitos outros.

A gravadora vai lançar hoje ainda uma página interativa exclusiva, uma sala virtual sobre o mar do Rio, em que, a cada clique, o visitante entra em contato com mais informações sobre toda a carreira do Chico, especialmente pela fase e pelos discos desse relançamento.