A história do Daruê Malungo
Projeto dos recifenses Camilo Lourenço e Orun Santana foi vencedor de concurso da Fundaj e ganhou verba para produção de curta-metragem
Publicação: 26/08/2020 03:00
O Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo terá a história revisitada em curta-metragem dirigido pelos recifenses Camilo Lourenço e Orun Santana. A dupla venceu a 14ª Edição do Concurso de Roteiros para Documentários Rucker Vieira, organizado pela Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), com o projeto Céu de Lua, Chão de Estrelas. O resultado, divulgado na segunda-feira, premiou também o texto Cidades invisíveis, do baiano Reinofy Borges. Os ganhadores transformarão seus roteiros em curtas a partir de uma verba de R$ 80 mil, destinada para a produção dos filmes.
Neste ano, o concurso teve como tema As múltiplas faces do Brasil e concorreram projetos da Paraíba, Minas Gerais, Santa Catarina, Roraima, São Paulo e Rio de Janeiro. Promovido desde 2003, o certame proporciona a criação de produtos audiovisuais destinados à utilização em processos educacionais e estimula a produção independente de documentários, criando oportunidades de formação de público.
Para a dupla recifense, vencer o concurso traz uma perspectiva de revelar olhares plurais sobre a complexa realidade brasileira. O roteiro ganhador é inspirado nas provocações estéticas do espetáculo Meia noite, de Orun Santana. “O roteiro foi construído em cima da história do Centro Daruê Malungo, um lugar onde cresci e que faz parte da minha história. Para mim, para meus pais e para todas as comunidades, o vídeo é a criação de um documento artístico”, explica Orun, que é filho do Mestre Meia Noite, fundador do centro.
“Daruê faz parte da cultura pernambucana antes mesmo do movimento manguebeat e negro em Olinda e no Recife, como um sinônimo de resistência e da negritude. Também exploramos a relação do Daruê com o bairro de Chão de Estrelas, na Zona Norte do Recife e a realidade das periferias para o roteiro”, diz Orun.
Para Camilo Lourenço, o projeto busca captar e entender a atualidade através do movimento do corpo como resistência e afirmação cultural e identitária negra. “Acredito que o cinema é capaz de expressar os não-ditos de histórias oficiais, já que, além de observacional, ele nos conduz por meio da subjetividade de corpos, espaços e temporalidades.”
Neste ano, o concurso teve como tema As múltiplas faces do Brasil e concorreram projetos da Paraíba, Minas Gerais, Santa Catarina, Roraima, São Paulo e Rio de Janeiro. Promovido desde 2003, o certame proporciona a criação de produtos audiovisuais destinados à utilização em processos educacionais e estimula a produção independente de documentários, criando oportunidades de formação de público.
Para a dupla recifense, vencer o concurso traz uma perspectiva de revelar olhares plurais sobre a complexa realidade brasileira. O roteiro ganhador é inspirado nas provocações estéticas do espetáculo Meia noite, de Orun Santana. “O roteiro foi construído em cima da história do Centro Daruê Malungo, um lugar onde cresci e que faz parte da minha história. Para mim, para meus pais e para todas as comunidades, o vídeo é a criação de um documento artístico”, explica Orun, que é filho do Mestre Meia Noite, fundador do centro.
“Daruê faz parte da cultura pernambucana antes mesmo do movimento manguebeat e negro em Olinda e no Recife, como um sinônimo de resistência e da negritude. Também exploramos a relação do Daruê com o bairro de Chão de Estrelas, na Zona Norte do Recife e a realidade das periferias para o roteiro”, diz Orun.
Para Camilo Lourenço, o projeto busca captar e entender a atualidade através do movimento do corpo como resistência e afirmação cultural e identitária negra. “Acredito que o cinema é capaz de expressar os não-ditos de histórias oficiais, já que, além de observacional, ele nos conduz por meio da subjetividade de corpos, espaços e temporalidades.”