Garanhuns rebate: FIG não é "simples evento..." Imbróglio entre a prefeitura e a Fundarpe continua. Gestão lamenta que as negociações com o governo tenham sido levadas a público sem uma solução

Adelmo Lucena

Publicação: 28/03/2024 03:00

O conflito que envolve realização do Festival de Inverno de Garanhuns (FIG) de 2024 continua. Em comunicado a gestão municipal disse que “lamenta o fato de que as negociações entre a Prefeitura de Garanhuns e o Governo de Pernambuco, que ocorriam até então de forma interna, organizada e democrática, tenham sido levadas à público sem um consenso e com um aparente objetivo de utilizar a mídia para criar uma polarização, ao nosso entender, desnecessária.” A prefeitura disse que o FIG não pode ser tratado como um simples evento.

A nota da Fundarpe, na última sexta (22), menciona que, ao longo deste mês, aconteceram três reuniões entre estado e município acerca do festival e ambas as partes mostraram as ações em andamento e já realizadas. No último encontro, segundo a fundação, foi apresentado pelo governo estadual um Acordo de Cooperação Técnica para a realização do FIG 2024, seguindo modelo praticado nas edições anteriores. No entanto, de acordo com a Fundarpe, no dia 18, a prefeitura propôs mudanças no acordo que “inviabilizavam a participação do Estado no maior polo do evento, além da exigência de anuência prévia da prefeitura em todas as ações executadas pelo Estado.”

No comunicado, a cidade diz que tomou a decisão de realizar o FIG 2024 ainda no ano passado, “com o sentimento de que Garanhuns e o FIG mereciam maior atenção, cuidado e compromisso” e “deixando claro o interesse de contar com o apoio e participação” do estado.

FUNDARPE

Segundo a Fundarpe, para o ano de 2023, a Lei Orçamentária Anual só previa R$ 6 milhões para a realização do FIG, montante bem inferior aos R$ 22 milhões investidos em 2022. O Governo de Pernambuco, entretanto, “ampliou os recursos para execução do festival, investindo o total de R$ 15 milhões, diante da sua importância como patrimônio de Pernambuco e para a política cultural de nosso Estado.”