Aparências enganam em "Uma família feliz"
Com Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini, longa acompanha espiral de tensão em torno da vida de um casal e inspirou um romance
Publicação: 05/04/2024 03:00
A produção nacional Uma família feliz, que entrou em cartaz ontem, é um caso raro na longa relação entre cinema e literatura. Ao contrário do que dita a regra, o filme não nasceu do livro – foi justamente o contrário. O thriller de José Eduardo Belmonte estrelado por Grazi Massafera e Reynaldo Gianecchini tem roteiro de Raphael Montes.
A partir das filmagens, realizadas em 2022, o escritor se dedicou ao romance homônimo, lançamento da Companhia das Letras que chega às livrarias simultaneamente à estreia do longa. As histórias são complementares, diz Montes.
A sequência inicial já mostra que não há felicidade alguma ali. Vemos a personagem de Massafera enterrando um corpo infantil. Depois, ela corre para o carro, pega uma garotinha, a coloca no carro e se põe em alta velocidade na estrada. Uma colisão as espera.
A sequência termina e a narrativa começa do ponto inicial. Eva (Massafera), Vicente (Gianecchini) e as gêmeas Sara (Luiza Antunes) e Ângela (Juliana Bim) parecem uma família de propaganda de margarina. Ela está grávida de Lucas e tem um ateliê de bebês reborn (aquelas bonecas realistas). Ele deve se tornar, em breve, sócio do escritório de advocacia em que trabalha.
No começo da trama, o casal recebe os amigos para o aniversário de 10 anos das meninas. O espectador já sabe que é tudo ilusório. E o ocaso desta família tem início, de forma discreta, para mais tarde culminar em explosão de violência e loucura.
O machucado em uma criança não é nada normal. E as meninas, além do bebê recém-nascido, aparecem com marcas no corpo. Rapidamente Eva se torna a algoz dos filhos, questionada pelo próprio marido.
Diretor bastante prolífico, que não se prende a um gênero, Belmonte chega a seu 15º longa (em pouco mais de 20 anos de carreira) com um projeto cheio de referências. A mais imediata é o clássico O bebê de Rosemary (1968), de Polanski, que o diretor comenta ter vindo do próprio Montes. (Estado de Minas)
A partir das filmagens, realizadas em 2022, o escritor se dedicou ao romance homônimo, lançamento da Companhia das Letras que chega às livrarias simultaneamente à estreia do longa. As histórias são complementares, diz Montes.
A sequência inicial já mostra que não há felicidade alguma ali. Vemos a personagem de Massafera enterrando um corpo infantil. Depois, ela corre para o carro, pega uma garotinha, a coloca no carro e se põe em alta velocidade na estrada. Uma colisão as espera.
A sequência termina e a narrativa começa do ponto inicial. Eva (Massafera), Vicente (Gianecchini) e as gêmeas Sara (Luiza Antunes) e Ângela (Juliana Bim) parecem uma família de propaganda de margarina. Ela está grávida de Lucas e tem um ateliê de bebês reborn (aquelas bonecas realistas). Ele deve se tornar, em breve, sócio do escritório de advocacia em que trabalha.
No começo da trama, o casal recebe os amigos para o aniversário de 10 anos das meninas. O espectador já sabe que é tudo ilusório. E o ocaso desta família tem início, de forma discreta, para mais tarde culminar em explosão de violência e loucura.
O machucado em uma criança não é nada normal. E as meninas, além do bebê recém-nascido, aparecem com marcas no corpo. Rapidamente Eva se torna a algoz dos filhos, questionada pelo próprio marido.
Diretor bastante prolífico, que não se prende a um gênero, Belmonte chega a seu 15º longa (em pouco mais de 20 anos de carreira) com um projeto cheio de referências. A mais imediata é o clássico O bebê de Rosemary (1968), de Polanski, que o diretor comenta ter vindo do próprio Montes. (Estado de Minas)