São cerca de 300 metros. Da Praça Maciel Pinheiro até a Ponte de Ferro. A Feira Imperatriz das Artes será realizada amanhã, das 13h às 20h, no trecho do Recife que já foi um dos mais glamourosos no século passado, mas caiu no descaso e abandono, embora não saia da memória afetiva dos moradores da cidade.

A iniciativa vai preencher o local com shows musicais e discotecagem de DJ’s, além de cerca de 100 estandes de artesanato, moda, design, gastronomia, e, acima de tudo, inclusão. “A Rua da Imperatriz já foi um centro cultural muito efervescente. Por isso foi pensada como palco do evento, para que os recifenses possam redescobrir o local e se conectar com o bairro da Boa Vista e o Centro da cidade”, informa a coordenadora geral da Feira e produtora cultural, Milena Gomes.

A programação musical vai contemplar ritmos que vão do forró ao samba, do rock às manifestações da cultura popular, sem esquecer da MPB. Poli e Amanda Ganimo abrem o evento com seu samba vindo da Várzea, na zona oeste do Recife. Fredzeroquatro e Renato L vão discotecar em dois momentos, às 14h e às 16h, com seu projeto “Assembleia do Caos”, com sons que influenciaram o Mangue Beat e faixas da atualidade. Coco Raízes de Arcoverde, Dizmaia e o forró da Regente Joaquim completam a lista.

A feira terá 100 barracas com produtos variados. A Imperatriz das Artes também contempla o público infantil, com atrações especiais para que as crianças possam curtir o evento com suas famílias. Na sua porção dedicada às múltiplas linguagens artísticas, abarcará um recorte de cinco obras da instalação “Transição de Fase”, do artista visual Lourival Cuquinha, trazendo visibilidade aos imigrantes que trabalham como camelôs nos grandes centros urbanos.