Festival de Realizadoras abre inscrições Filmes podem ser enviados até dia 22 de setembro, por meio de formulário online; exibições acontecem em novembro e dezembro no Recife e Afogados

Publicação: 06/09/2024 03:00

Idealizado para promover um debate sobre os papéis de gênero e a representatividade no cenário cinematográfico, o Festival Internacional de Cinema de Realizadoras (Fincar) está com inscrições abertas para a IV edição até 22 de setembro. A seleção é gratuita e podem ser enviados curtas, médias e longas-metragens. Serão avaliados filmes realizados entre 2021 e 2024. O formulário e o regulamento para inscrição estão disponíveis no site do festival.

Na busca por ampliar os espaços de exibição dessas obras, o festival também abarca a diversidade de identidades de gênero: serão aceitas obras de mulheres cis e trans, além de produções feitas por pessoas não-binárias, travestis,  transmasculinas e homens trans.

Para a edição de 2024, a proposta é ir além do que foi traçado nas edições anteriores (2016, 2018 e 2021). "Queremos desfiar as linhas estabelecidas e permitir que novos caminhos e trajetos brilhem através dos filmes. Celebramos a oportunidade de ocupar novamente as salas de cinema e de fortalecer parcerias que nos fazem vibrar mais forte", afirma a diretora do festival, Maria Cardozo.

O Fincar é uma produção da Vilarejo Filmes e tem incentivo do Funcultura, Fundarpe, Secult-PE, Governo de Pernambuco.

Para a edição deste ano, as exibições acontecem em cinemas de rua localizados em duas cidades pernambucanas: no Recife e em Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú.

Lançado em 2016, o festival é bienal e se destaca por sua proposta de refletir sobre o cinema a partir de um olhar feminista, promovendo um espaço de troca entre realizadoras (rus), filmes e o público.

"A cada edição, o festival reafirma o compromisso com uma perspectiva feminista e uma abordagem tanto estética quanto política do cinema. Buscamos potencializar o encontro que só o cinema produz, afirmando o espaço da realização, mas sem perder de vista as diversas experiências do fazer e ver cinema. Desejamos partilhar com o público como esses cinemas são múltiplos, buscando desconstruir um ideal cinematográfico que costuma ser branco, masculino e cisheteronormativo", acrescenta Maria.