Nova versão do Quarteto Fantástico chega às telas A nova versão do grupo criado por Stan Lee é a aposta do ano da Marvel. A aventura é ambientada em uma versão retro-futurista da década de 1960

André Guerra

Publicação: 31/07/2025 03:00

O novo elenco traz nomes como a atriz Vanessa Kirby (DISNEY/DIVULGAÇÃO)
O novo elenco traz nomes como a atriz Vanessa Kirby
Há mais de 30 anos Hollywood tenta levar o Quarteto Fantástico às telas e os resultados se transformaram em alvo de piada — pelo menos até agora. Conhecido como o primeiro time do universo criado pelo saudoso Stan Lee, o grupo protagonizou em 1994 sua primeira versão cinematográfica, que nunca chegou a ser lançada. Em 2005 e 2007, ganhou seus dois filmes mais repercutidos até então, dirigidos por Tim Story, e, em 2015, a refilmagem amplamente mal recebida de Josh Trank. 

Uma década depois, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos chega aos cinemas do Recife, com a equipe já ingressada no universo compartilhado da Marvel. A nova aventura é ambientada em uma versão retro-futurista da Terra inspirada na década de 1960. O grupo, composto por Senhor Fantástico (Pedro Pascal), Mulher Invisível (Vanessa Kirby), Tocha Humana (Joseph Quinn) e o ‘Coisa’ (Ebon Moss-Bachrach), já começa a história com os poderes, estabelecidos como protetores aclamados pelo povo, e precisam enfrentar a ameaça de Galactus (Ralph Ineson), um ser devorador de planetas.

Dirigido por Matt Shakman, que comandou WandaVision, Quarteto Fantástico: Primeiros Passos é a mais correta versão até aqui e, visualmente, um dos maiores acertos recentes do estúdio. O humor autoconsciente típico da Marvel é substituído por um tom ingênuo no tratamento dos humanos mortais e por um drama bastante eficaz que vende bem a relação entre os quatro protagonistas, especialmente graças à presença de Kirby (indicada ao Oscar por Pieces of a Woman), âncora emocional do filme.

Primeiros Passos não explora poderes e conflitos como poderia: Reed Richards, por exemplo, estica menos do que os diálogos do filme, enquanto o Coisa e o Tocha praticamente não têm vida própria. Mesmo a nova versão do surfista prateado, a Shalla-Bal (Julia Garner), que tinha um potencial que sendo subaproveitado na parte final do roteiro.