Passado e futuro juntos

Publicação: 08/12/2018 03:00

Com uma projeção de produzir 1,3 milhões de cana-de-açúcar moída na safra 2018/2019, que está em andamento e termina no início do ano que vem, além de 2,8 milhões de toneladas de açúcar, a Usina Petribu deve ter um ano de 2019 melhor que 2018. Além disso, até o fim da safra a empresa deve lançar dois novos produtos no mercado, sendo um deles um novo tipo de açúcar refinado.

“2018 tem sido um ano desafiador porque o preço (do açúcar) está muito baixo, e tivemos um problema recorrente, que é a questão do clima. Tivemos um ano bastante seco e estávamos esperando uma safra maior”, diz Daniela.

“No campo, às vezes você faz o trabalho certo, mas se a chuva não vem o resultado não é o esperado”, acrescenta. A expectativa é de que 2019 seja melhor pelo enxugamento do mercado. “Deve haver uma diminuição na oferta de açúcar e isso tem reflexo no preço. Além disso, muitas usinas acabaram migrando (neste ano), concentrando na produção de álcool, principalmente no Centro-Sul”.

Atualmente, a Petribu tem 16 marcas. A empresa também faz o ensacamento de açúcar de marcas próprias vinculadas a grandes redes varejistas, a exemplo do Walmart, Makro, Grupo Pão de Açúcar, entre outros. “Também exportamos açúcar VHP bruto para os Estados Unidos, para que lá eles façam o refino e o ensacamento. E comercializamos o açúcar refinado e ensacado para o mercado mundial”, explica.

De acordo com a diretora, a Usina Petribu é a mais moderna entre as instaladas no estado. “Tanto que neste ano fomos a indústria que teve o melhor rendimento dentre as usinas do estado”, diz, afirmando que no quesito eficiência a empresa obteve a segunda colocação. Além disso, a gestão está sendo focada em indicadores, metas e resultados. “Não podemos controlar aquilo que não medimos. A parte de certificação que a gente vem conquistando, que a gente fez, a FSC22000, de eficiência alimentar, fez com que mudássemos processos internos”.

“Temos mexido muito com processo e padronização. Faz as pessoas saírem da zona de conforto e pararem de dizer: ‘ah, mas isso sempre foi feito assim’. Somos indústria de alimentos e empresa moderna”, ressalta, destacando que a Petribu pretende estar entre as melhores do ramo no mundo. “Não queremos uma fábrica de açúcar de 20 anos atrás. Queremos modernização, tecnologia. Acabar com a síndrome de Gabriela, de ‘eu nasci assim, vou morrer assim’”.