Aquele lugar para chamar de seu No primeiro apartamento, pode-se e deve-se imprimir a própria personalidade, sem medo de ser feliz

Gabriela Bento
Especial para o Diario
gabriela.bento@diariodepernambuco.com

Publicação: 17/03/2018 03:00

Jovens costumam ter muitos desejos. Viajar, curtir festivais, conhecer o mundo, estudar fora… Mas existem aqueles que querem ter o seu cantinho. Quando finalmente o lar próprio é conquistado, a missão mais gostosa chega: decorar a sua casa com a sua cara. Enfim, algo seu. E agora? A ajuda de um arquiteto pode lhe cair muito bem. Mas, caso o dinheiro esteja limitado, não se desespere, você vai conseguir e vai ficar incrível. Comece a se observar e perceber o que parece ser essencial nesta nova etapa da vida.

O administrador Daniel Costa, de 28 anos, sempre sonhou em ter um apartamento próprio. Apesar de já morar só há bastante tempo, ele queria ter o seu lugar. “Com pouco dinheiro, eu achava que era um sonho distante. Mas em uma sessão de coaching decidi que realizaria isso antes dos 30 anos”, conta. Então, Daniel começou a juntar dinheiro e finalmente conseguiu. “Comprei em várias parcelas, mas é meu”, comenta. Antes mesmo de assinar o contrato do financiamento, o administrador, que não tinha um apartamento ainda, já iniciou a empreitada para decorar o apartamento do seu jeito. “Eu sonhei demais. Queria tudo em tons terrosos para remeter ao Nordeste. Fui até Tracunhaém para comprar um leão. Eu me empenho porque é meu”.

Hoje, é muito comum ter uma rotina mais corrida. Então, para não ter contratempos, é importante prezar pela praticidade. Para a arquiteta Elza Mendonça, da PMZ Arquitetura, é necessário que cada área da casa seja útil. “Precisamos pensar na funcionalidade e praticidade para o dia a dia, prioridades para quem não tem muito tempo para cuidar da casa. É interessante transparecer essa jovialidade no uso de materiais descontraídos, como o cimento queimado”, esclarece.

Caso você seja ligado à tecnologia, não deixe de colocar essa marca na decoração. “A modernização já  torna a tecnologia indispensável até na hora de projetar uma casa atual. De espaço para receber os amigos com música integrada à uma sala de games, tudo deve estar conectado”, conta Elza.

Nem sempre os jovens são tão decididos como o administrador Daniel. Segundo a arquiteta Marylia Nogueira, para explorar uma decoração mais jovem, é possível usar elementos e formas simples, assim como cores quentes e design arrojado. “É legal valorizar formas e das cores. Peças de destaque e um ambiente alegre sem exageros é o segredo”, explica.

Com a tendência dos apartamentos cada vez menores, é preciso ter cuidado, pois espaços pequenos devem ser otimizados para se tornarem funcionais e aconchegantes. “Atenção com excesso de objetos e texturas. Ao contrário do que a maioria pensa, cores escuras podem ocupar a composição, mas de maneira limpa. O exagero em detalhes perturba muito mais o ambiente do que as cores escuras que, sabendo usar, podem ser bem-vindas”, alerta Marylia.

Alguns erros podem comprometer a decoração e deixar o local parecer ainda menor, como cores fortes, que fecham o local. Segundo a arquiteta, é necessário se ater a um detalhe importante. “Devemos evitar mobiliários desproporcionais que, além de não aproveitarem bem o espaço, diminuem as áreas de circulação deixando o ambiente apertado e nada funcional”.

Tradição aliada à modernidade
Elementos artesanais podem conviver bem com a tecnologia em ambientes que transmitem a personalidade de um morador jovem. É preciso prestar atenção na proporcionalidade do mobiliário