Bença, Padrinhos!
Pessoas escolhidas pela família como protetoras dos filhos para a vida inteira são celebradas neste dia 27 de novembro
Emília Prado
Especial para o Diario
Publicação: 25/11/2017 03:00
O que começou como tradição religiosa se transformou em costume cultural, tomou um significado afetivo e se manteve na história. Os padrinhos se tornaram sinônimo de pais extras, pessoas convidadas carinhosamente pela família para cuidar e proteger os filhos por toda a vida. Caio Felipe Buarque, de 12 anos, entende bem o valor da madrinha, Estephanie, de quem é muito próximo. “Uma mãe mais engraçada”, é como ele a define. “É como se fosse uma mãe que a gente pode ‘tirar mais onda’”, brinca o garoto. Desde pequeno Caio acompanha Estephanie, que é recreadora infantil, no trabalho: “Além de ir sempre que pode na minha casa, ela costuma me levar para algumas festas. Lá eu ajudo ela, brinco com as crianças, é o que mais gostamos de fazer juntos”.
Vinícius, de 12 anos, Sophia, de 9, e Bianca Rocha, de 7, são irmãos, mas cada um tem os próprios padrinhos. Vinícius tem os avós maternos como Dinda e Dindo (apelidos comuns para descrever os padrinhos), já que cresceu com eles e até hoje moram na mesma casa. A avó, Fátima Medeiros, se sente privilegiada com a escolha da filha, Karina Medeiros, para ser a madrinha do neto. “Todos os meus filhos foram batizados no mesmo dia, quase um ano depois de Bianca nascer. Como Vinícius já era grandinho, nada mais justo que convidar a minha mãe, que sempre me ajudou a cuidar dele, para ser a madrinha”, explica Karina. Próximo da avó desde que nasceu, o garoto confessa que nunca lhe explicaram o significado da madrinha, mas soube definir bem do seu jeito: “Para mim é como uma segunda mãe, que acolhe, cuida e ajuda”.
Conceição Rocha, de 50 anos, é madrinha duas vezes. De Karina, a mãe dos três irmãos, e de Sophia, a irmã do meio. Karina conta que, além de madrinha, ela é também tia e amiga. “Quando minha mãe precisa sair, a gente fica na casa de Tia Ceça. Eu sempre gosto de ir para lá. Ela é muito legal com a gente”, diz Sophia.
Já Bianca tem os primos Karina, Katarina e Guilherme Medeiros como padrinhos. Próximos como os outros, os padrinhos da garota estão sempre de portas abertas caso a afilhada e os irmãos precisem de algum lugar para passar a noite. “Eu gosto muito de ir para a casa de tia Catarina, mas o que eu mais gosto é quando ela nos leva para passear no shopping”, revela Bianca.
A fisioterapeuta Katharina Santos é tia e madrinha de Mirella Maria, de 5 anos. As duas amam passear juntas: “A gente vai para shopping, cinema, teatro, praia... Mas o que eu mais gosto é de ir para a casa dela e tomar banho de piscina”, conta a garota. Katharina explica que procura sempre conversar com Mirella, mesmo sendo nova, e a encoraja a enfrentar seus medos: “Repito que ela deve esquecer o medo e tentar, e para ela confiar em mim, que sempre vou querer o bem dela e nunca vou mentir”.
Deu para perceber que muitas vezes os padrinhos e madrinhas são parentes das crianças. Mesmo sem o mesmo sangue, os dindos acabam fazendo parte da família, pela proximidade, pelo amor e pelo cuidado que estão sempre presentes nesta relação.
Tradição
A tradição de uma criança ganhar padrinhos é uma prática comum no cristianismo e permanece até hoje na Igreja Católica. No século 4, a Igreja Católica estabeleceu que, ao nascer, as crianças deveriam ter pessoas que as instruíssem na fé católica além dos padres e sacerdotes. Alguém que fosse mais próximo, pois as chamadas “influências pagãs” eram recorrentes. Pela religião, os padrinhos têm a responsabilidade de ajudar na educação da criança de acordo com as doutrinas cristãs. Hoje, mesmo que não sejam religiosas, muitas famílias escolhem madrinhas e padrinhos para seus filhos.
Vinícius, de 12 anos, Sophia, de 9, e Bianca Rocha, de 7, são irmãos, mas cada um tem os próprios padrinhos. Vinícius tem os avós maternos como Dinda e Dindo (apelidos comuns para descrever os padrinhos), já que cresceu com eles e até hoje moram na mesma casa. A avó, Fátima Medeiros, se sente privilegiada com a escolha da filha, Karina Medeiros, para ser a madrinha do neto. “Todos os meus filhos foram batizados no mesmo dia, quase um ano depois de Bianca nascer. Como Vinícius já era grandinho, nada mais justo que convidar a minha mãe, que sempre me ajudou a cuidar dele, para ser a madrinha”, explica Karina. Próximo da avó desde que nasceu, o garoto confessa que nunca lhe explicaram o significado da madrinha, mas soube definir bem do seu jeito: “Para mim é como uma segunda mãe, que acolhe, cuida e ajuda”.
Conceição Rocha, de 50 anos, é madrinha duas vezes. De Karina, a mãe dos três irmãos, e de Sophia, a irmã do meio. Karina conta que, além de madrinha, ela é também tia e amiga. “Quando minha mãe precisa sair, a gente fica na casa de Tia Ceça. Eu sempre gosto de ir para lá. Ela é muito legal com a gente”, diz Sophia.
Já Bianca tem os primos Karina, Katarina e Guilherme Medeiros como padrinhos. Próximos como os outros, os padrinhos da garota estão sempre de portas abertas caso a afilhada e os irmãos precisem de algum lugar para passar a noite. “Eu gosto muito de ir para a casa de tia Catarina, mas o que eu mais gosto é quando ela nos leva para passear no shopping”, revela Bianca.
A fisioterapeuta Katharina Santos é tia e madrinha de Mirella Maria, de 5 anos. As duas amam passear juntas: “A gente vai para shopping, cinema, teatro, praia... Mas o que eu mais gosto é de ir para a casa dela e tomar banho de piscina”, conta a garota. Katharina explica que procura sempre conversar com Mirella, mesmo sendo nova, e a encoraja a enfrentar seus medos: “Repito que ela deve esquecer o medo e tentar, e para ela confiar em mim, que sempre vou querer o bem dela e nunca vou mentir”.
Deu para perceber que muitas vezes os padrinhos e madrinhas são parentes das crianças. Mesmo sem o mesmo sangue, os dindos acabam fazendo parte da família, pela proximidade, pelo amor e pelo cuidado que estão sempre presentes nesta relação.
Tradição
A tradição de uma criança ganhar padrinhos é uma prática comum no cristianismo e permanece até hoje na Igreja Católica. No século 4, a Igreja Católica estabeleceu que, ao nascer, as crianças deveriam ter pessoas que as instruíssem na fé católica além dos padres e sacerdotes. Alguém que fosse mais próximo, pois as chamadas “influências pagãs” eram recorrentes. Pela religião, os padrinhos têm a responsabilidade de ajudar na educação da criança de acordo com as doutrinas cristãs. Hoje, mesmo que não sejam religiosas, muitas famílias escolhem madrinhas e padrinhos para seus filhos.