Publicação: 28/01/2017 03:00
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Eliel e Berg querem oficializar sua união como muitos outros casais |
Eliel e Berg são católicos praticantes. Daquelas pessoas que frequentam missas semanais. Mas, por conta da orientação sexual, não têm autorização para casar na igreja que adotaram para seguir com a própria fé. O casal já mora junto há seis anos, mas a festa, contam, é uma forma de celebrarem a união com uma bênção religiosa. Ao todo, 750 pessoas foram convidadas. A festa acontece na Coudelaria Souza Leão. O padre Beto não foi escolhido por acaso para celebrar o casamento.
“Assistimos a uma união homoafetiva feita por ele. O casamento era de um amigo nosso, no Espírito Santo. Gostamos muito da fala do padre. Ele citava a família, explicava que os seres humanos estão na terra para se ajudarem, independentemente da orientação sexual. O importante é que as pessoas amem umas às outras”, lembra Eliel.
O decorador não esqueceu a celebração e, após descobrir o telefone do religioso, ligou para ele e perguntou sobre sua disponibilidade para uma data no Recife. O padre aceitou e a festa foi viabilizada.
O casamento começou a ser organizado há dois anos, quando Berg pediu “a mão” do companheiro. “Fiquei feliz. A festa também seria uma forma de reunir nossas famílias. Os parentes apoiam nossa união”, ressaltou.
Em setembro de 2009, o casamento dos arquitetos Zezinho e Turíbio Santos, no mesmo espaço de festas, foi considerado precursor de outros enlaces entre pessoas de mesmo sexo em Pernambuco. Assim como qualquer casamento entre héteros, teve damas de honra e bênção religiosa. Conhecidos pela atuação na profissão, eles ganharam um grande espaço na mídia por conta, também, do porte da festa promovida. Um acontecimento inusitado no estado, por envolver um casal homoafetivo. Terminaram fazendo história.
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