Para Marcelo, agricultura ensina a conhecer grandeza de Deus

Em busca de uma vida mais tranquila e equilibrada, os messiânicos estimulam o plantio de hortas e a manutenção de altares dentro de casa. A prática da agricultura natural como fonte de uma alimentação sadia é disseminada entre todos os seguidores. O cultivo também incentiva as pessoas a terem mais autocontrole, como se fosse uma terapia psicológica. Geralmente, plantam-se folhas verdes, tomates, pimentão, ervas, como majericão, hortelã, coentro e cebolinho.

Diferentemente da agricultura orgânica, a prática natural busca valorizar o solo sem interferência de adubos ou outras intervenções, deixando a própria terra produzir e desenvolver o alimento semeado. A filosofia é defendida por meio do cultivo da horta caseira. “Ao plantar, as pessoas não estão só produzindo alimento. A produção da horta nos ensina a reconhecer a grandeza de Deus”, lembra o ministro Marcelo Barbosa, que mantém uma plantação na varanda do seu apartamento na Madalena.

A prática da arte também é outra forma de elevar o espírito para os messiânicos. Assim, a igreja também utiliza o ikebama, produção de arranjos florais, desenvolvidos no Japão. A sede no Rosarinho dispõe de curso ministrado em dez meses, a Academia Ikebana Sanguetsu.

São dez módulos, um por mês. As aulas são abertas a qualquer pessoa, mesmo que não seja membro da religião. Os messiânicos acreditam que por meio da arte com flores podem chegar ao equilíbrio espiritual. “Desenvolvemos um amor pelas flores e valorizamos a paz que elas nos transmitem, exercendo boa influência à nossa volta”, comenta a professora Inalda Regueira, que leciona o curso de ikebana na Igreja do Rosarinho.