Portarias virtuais surgem como alternativa para segurança Entrada e saída dos moradores em alguns condomínios podem ser vinculadas a um sistema de biometria, senha, cartão ou tag no chaveiro

Publicação: 16/06/2018 09:00

O anseio por segurança tomou conta do Brasil. Com o crescimento do crime organizado, mais brasileiros precisam se preocupar com a sua segurança e a de seus familiares. Por muito tempo os condomínios foram sinônimo de tranquilidade, mas cada vez mais os criminosos têm mirado neste tipo de moradia, aproveitando-se de costumes de moradores e funcionários. Recentemente, uma alternativa tecnológica vem chamando a atenção de condôminos e síndicos: a portaria virtual ou remota.

Trata-se de um sistema que pode ter configurações diferentes, de acordo com o espaço instalado, mas, no geral, consiste na substituição do porteiro presencial por um sistema com acesso remoto a câmeras em alta definição (HD), interfone para atender aos visitantes e alarmes. A passagem dos moradores pode ser vinculada a um sistema de biometria, senha, cartão ou tag no chaveiro. No caso dos carros, pode-se utilizar controles remotos para abertura do portão.

Esses esquemas de segurança digital dependem de eletricidade e uma boa conexão de internet para transmissão de áudio e vídeo de todas as câmeras de segurança. Caso algum desses fornecimentos seja comprometido, as empresas de segurança do segmento devem enviar imediatamente um profissional ao condomínio. Em alguns casos, pode-se ligar a instalação elétrica a um no break, para evitar interrupção dos serviços por conta de queda de energia. A companhia deve ficar de olho, também, na manutenção desses equipamentos.

Na prática, sistemas de portaria virtual contribuem para a segurança porque acabam sendo, de certa forma, mais fácil e rápido chamar a polícia em caso de emergências. “Os porteiros correm o risco de serem feitos reféns no caso de invasões”, alerta o gerente geral de condomínios da Apsa, empresa especializada em gestão condominial e negócios imobiliários do Brasil, Jean Carvalho. Ainda podem ser acrescentados ao sistema mecanismos para os moradores pedirem ajuda, como indicar um dedo diferente no leitor biométrico ou apertar continuamente o botão do controle da garagem — as portas abririam, mas a operador remoto chamaria a polícia.

Outro chamativo dos serviços para os condomínios — em especial, os de pequeno porte — é a redução de custos. Quanto menor o empreendimento, mais relevante para o orçamento é o gasto com os funcionários do condomínio.

Como toda mudança, os moradores devem aprová-la. Por isso, é importante calcular a viabilidade do projeto, as regras para a entrada de visitantes, entregadores e prestadores de serviço, além de checar se os moradores estão dispostos a mudar hábitos e a se adaptar à nova tecnologia.