O desejo empoderador Marca de Lívia Barros e Janaína Azevedo, Ken-gá levanta a bandeira contra os padrões da beleza e impõe autenticidade com suas peças que oferecem o glamour do brilho e a ousadia das lantejoulas, que saem do seu lugar na praia para iluminar o rolê

texto: Aline Ramos
aline.ramos@diariodepernambuco .com.br

Publicação: 18/02/2017 03:00

Coleção subverte as regras e mostra  que não precisa ter o corpo "ideal" para ousar.  (fotos: ken-gá/divulgação)
Coleção subverte as regras e mostra que não precisa ter o corpo "ideal" para ousar.

“A gente acredita que pode quase tudo, que pode gente peluda, que pode gente pelada, que pode gente gorda e pode gente magra, que pode quem mostra a bunda e pode quem não mostra nada, que pode homem de maiô e pode sunga cavada, que pode gente pudica e pode gente tarada. O que não pode é ter preconceito”. É com este versinho que a Ken-gá Bitchwear faz questão de se apresentar em suas redes sociais.

Em sua primeira coleção intitulada de Trevas tropicais, a marca paulistana que ingressou no mercado há pouco mais de dois meses subverte as regras e mostra para o que veio. Com peças inspiradas em mulheres icônicas como Pamela Anderson e Grace Jones, maiôs, biquínis e sungas oferecem o glamour do brilho e a ousadia das lantejoulas, que saem do seu lugar na praia para iluminar o rolê. “Acreditamos que toda mulher pode ser diva. Todas ficam lindas em um maiô dourado!”, afirma a estilista Lívia Barros.

A ideia de criar a Ken-gá surgiu há dois anos, durante uma conversa entre Lívia e sua amiga e atual sócia, Janaína Azevedo. “Nós queríamos que ‘quenga’ e ‘bitch’ perdessem sua conotação literal pejorativa e adquirissem uma conotação de força e empoderamento. Sempre nos incomodou que a mulher que é tachada de ‘bitch’ ou ‘quenga’, na verdade, é aquela que incomoda por ser autêntica. O trocadilho no nome é seguido pelo trocadilho do segmento: em vez de beachwear, também brincamos com a palavra ‘bitchwear’”, conta Janaína.

Embora, o público-alvo sejam mu- lheres que queiram ser donas do seu próprio vestir, a Ken-gá produz peças agênero. “Os tecidos para esta coleção são frutos de uma intensa pesquisa. Queríamos que eles fossem lindos, glamourizados, confortáveis, metalizados e resistentes a água do mar. Os tecidos dos maiôs, por exemplo, demoram aproximadamente 40 dias para serem produzidos. Também temos como inspiração a marca italiana Moschino e a cantora Rihanna”, detalha Lívia.

Trevas Tropicais: As peças foram inspiradas em mulheres icônicas como Pamela Anderson e Grace Jones. Plus size: A Ken-gá irá produzir ainda neste semestre roupas com modelagens até o número 60.  (fotos: ken-gá/divulgação)
Trevas Tropicais: As peças foram inspiradas em mulheres icônicas como Pamela Anderson e Grace Jones. Plus size: A Ken-gá irá produzir ainda neste semestre roupas com modelagens até o número 60.

Nesta pegada de agradar a todos os gostos, a marca vai produzir ainda neste semestre roupas com modelagens até o número 60, pensando no público plus size. Algumas peças também podem ser usadas de várias formas, como a calcinha Magda, que pode ser utilizada como hot pant ou asa delta, por exemplo.

Um dos itens mais polêmicos dos anos 1980 está de volta. Difícil de  acreditar, mas o acessório foi consagrado como o “must have” no seu guarda-roupa. Para quem quer entrar nesta onda das pochetes, que promete vir com tudo nesta temporada, a Ken-gá está com designs divertidos e com muito brilho.

A sede da Ken-gá Bitchwear fica no bairro de Santa Cecília em São Paulo, mas é possível comprar as peças da marca pelo Instagram @kengabitchwear. As criações variam de R$ 80 (cangas), R$ 198 a R$ 244 (maiôs e biquínis), R$ 120 a R$ 135 (sungas) e R$ 120 (vestidos, saídas de praia e pochetes).

INSPIRAÇÃO
“Acreditamos que toda mulher pode ser diva. Todas ficam lindas em um maiô dourado!”, Lívia Barros, estilista

Onde comprar?
A sede da Ken-gá fica em São Paulo, mas é possível adquirir as peças pelo Instagram da marca
@kengabitchwear