Como é uma Maravilha da Natureza Quedas d%u2019água, rotas com borboletas e quatis fazem de Foz de Iguaçu um destino deslumbrante e único

Marcionila Teixeira
marcionila.teixeira@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 05/05/2018 03:00

Nunca aceite o convite para vestir uma capa plástica ao aventurar-se nas Cataratas do Iguaçu. Eleitas como uma das Sete Maravilhas da Natureza, as quedas d’água são a principal atração turística de Foz do Iguaçu, no Paraná, na região Sul do país. O acessório é vendido na entrada do parque para o turista menos disposto a se molhar durante a trilha. Bobagem. Um dos melhores momentos da visita é receber os respingos da nuvem de água formada a partir da Garganta do Diabo, a queda com maior fluxo entre as 275 quedas. Um momento emocionante até para os mais descrentes.

A dica para curtir o visual das cachoeiras é seguir as trilhas repletas de borboletas e quatis e parar no maior mirante, o da Garganta do Diabo, para se refrescar depois de uma caminhada calorenta. É o melhor lugar para fazer fotos, vídeos e para observar a imensidão de natureza. Tem quem agradeça a oportunidade, de acordo com as próprias crenças. Para as religiões afrodescendentes, por exemplo, Oxum é um orixá feminino das águas doces.

A queda tem 150 metros de largura e 80 metros de altura. Diz a lenda que a índia Naipi foi prometida ao deus M’Boy, mas um guerreiro chamado Tarobá apaixonou-se por ela e um dia o casal fugiu. Furioso, M’Boy penetrou as entranhas da terra e retorceu o corpo, produzindo a fenda onde está a catarata.

Ao longo da caminhada para observar as quedas, é melhor não se alimentar, pois isso chama a atenção dos quatis. Eles são muitos e se aproximam para roubar o alimento humano que, na verdade, também não faz bem a ele. Placas avisam que o animal pode morder e transmitir a raiva. No mais, ele é um fofo.

Como estamos em um paraíso natural localizado dentro do Parque Nacional do Iguaçu, criado em 1939 e eleito Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco em 1986, respeitar o meio ambiente é lei. Portanto, nada de jogar moedas nas cachoeiras. As moedas contaminam a água e ainda são engolidas por patos mergulhões. Casais apaixonados até tentaram colocar cadeados do amor ao longo do gradil, assim como há em Londres. A expressão apaixonada, no entanto, também é proibida. Fumar está descartado. A liberdade maior do lugar é observar a natureza.

O parque fica a 17 km do centro de Foz do Iguaçu e a apenas 5 km do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu. O percurso até lá é feito pela Avenida das Cataratas, onde o turista também pode conhecer um Ice Bar, o Parque das Aves, o Vale dos Dinossauros, o Museu de Cera Dreamland e ainda contratar um voo sobre as cachoeiras. Outra ideia para quem gosta de aventura mais radical é percorrer as águas com um barco da Macuco Safari ou descer em um rapel a 55 metros de altura. Mais informações sobre o parque podem ser obtidas no www.cataratasdoiguacu.com.br.

Foz tem fronteira com a Argentina e com o Paraguai. Então, vale aproveitar a viagem para conhecer a natureza do Parque Nacional Iguazú, do lado argentino, e cruzar a Ponte da Amizade para chegar ao Paraguai e exercer o lado mais consumista da viagem. Os moradores de Foz vivem de turismo, bares e hotéis. O município não tem agricultura forte. Hoje convivem em Foz 72 etnias, entre chineses, indianos, libaneses e paraguaios.