Coronéis em pé de guerra, beatos e cangaceiros
Roteiro turístico leva visitante de volta aos tempos de Lampião em Serra Talhada, grande marco do cangaço
Publicação: 19/05/2018 09:00
Um caminho de 35 quilômetros, percorrido em três horas a pé sob o Sol do Sertão, transporta os turistas que visitam Serra Talhada aos tempos do cangaço. O roteiro Nas pegadas de Lampião, realizado pela Fundação Cultural Cabras de Lampião, mostra a riqueza das belezas naturais, culturais e históricas da caatinga.
A história do bando de Lampião e Maria Bonita é revisitada e os visitantes podem conferir com os próprios olhos o que os livros de história, os filmes e os documentários contam sobre os cangaceiros. O ponto de partida do passeio é o local onde aconteceu o primeiro confronto armado entre os irmãos Ferreira e Zé Saturnino, primeiro inimigo da família de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. De lá, o grupo segue para as ruínas da antiga fazenda Pedreira, onde Zé Saturnino viveu. Os visitantes passam ainda pelo Sítio Passagem das Pedras, onde nasceu Lampião.
Para concluir o percurso sem contratempos, a recomendação é usar tênis, roupas leves, como shorts e camiseta, protetor solar e boné. Não esqueça também de levar água. O preço varia de acordo com a quantidade de pessoas. Os pacotes custam entre R$ 50 e R$ 80 e os valores levam em conta o roteiro e o tamanho do grupo. O agendamento deve ser feito com antecedência.
“Esse roteiro é feito há mais de 10 anos. Começamos com grupos de estudantes, mas descobrimos que existia um nicho turístico. É um verdadeiro mergulho na história do cangaço e do Sertão do fim do século 19”, afirma o presidente da Fundação Cultural de Serra Talhada, Anildomá de Souza. Ele destaca que, além de divertido, o roteiro é educativo.
“As pessoas que fazem o passeio compreendem aspectos da história do Brasil pouco contados nos livros e nas escolas. Descobrem as riquezas do país e verdadeiros tesouros que estão no interior do estado esperando para serem descobertos”, destaca.
A história da época de batalhas travadas pelo bando de Lampião, além de gerar curiosidade dos turistas, atrai pesquisadores de todo o país para a região. Serra Talhada é emblemática no Sertão de Pernambuco. Tem cultura, história e o peso de ser uma das matrizes das cidades que compõem a Rota do Cangaço. O município conta aos visitantes tudo que viveu, a partir da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha, no centro da cidade.
Serra Talhada respira a memória do Rei do Cangaço e toda a época dos cangaceiros. Também por meio da arte, o xaxado e o teatro remontam a tempos que os moradores adoram contar, mesmo os que não têm saudade.
CASA DA CULTURA
Ponto integrante do passeio, a Casa da Cultura também mostra os rastros do cangaço. Lá, é possível ver itens do próprio Lampião. Todo o acervo foi montado com doações de descendentes, familiares de cangaceiros, além de peças de colecionadores. A casa abre todos os dias e o acesso é gratuito. Já na entrada, uma estátua de Lampião e Maria Bonita forma o cenário preferido de foto s para os turistas. No interior do imóvel, além de imagens, uma biblioteca está à disposição de quem quer mergulhar na história. É possível ainda comprar lembranças da cidade em um lojinha no interior da casa.
Outro lugar onde também é possível garantir uma lembrança da visita é o Museu do Cangaço. Ao lado da Estação do Forró (antiga estação de trem), o espaço mantém fotos, retrata a história do cangaço, tem réplicas de metal de Lampião e ainda conta com uma sala multimídia para quem preferir conhecer a vida na época do cangaço a partir do audiovisual.
O local não cobra entrada, exceto para grupos, por exigir a necessidade de um guia para gerenciar a visita. Já na Estação do Forró, funciona o Parque de Esculturas Ronaldo Aureliano. São 12 esculturas confeccionadas em ferro, sucata de trem e outros objetos que não eram aproveitados na ferrovia. Pelas mãos de Ronaldo Aureliano, o material foi transformado em belas obras. Algumas peças chegam a mais de dois metros de altura.
A serra que deu origem ao nome da cidade é outro atrativo do município. Além de uma estética marcante, conta com trilhas para aqueles que gostam de se aventurar. Ao chegar ao topo, no cruzeiro, os turistas ficam deslumbrados com a vista de toda a cidade e de parte do Vale do Pajeú. Há quem aproveite as formações rochosas para praticar rapel.
Serviço
Para fazer o roteiro Nas pegadas de Lampião
Museu do Cangaço
Endereço: Vila Ferroviária, s/n, Centro, Serra Talhada
Telefone: (87) 3831-3860
E-mail: cabrasdelampiao@gmail.com
Para se hospedar
Hotel Rota do Sertão
Endereço: Avenida João Gomes de Lucena, 3820, São Cristovao, Serra Talhada
Telefone: (87) 3831-7222
Cactus Hotel
Endereço: Praça Doutor Sérgio Magalhães, 742, Nossa Senhora da Penha, Serra Talhada
Telefone: (87) 3831-1560
Para comer
Bar do Raimundo
Endereço: Rua José Joaquim de Lima, 614, Serra Talhada
Telefone: (87) 3831-2897
Restaurante Dicumê
Endereço: Avenida Miguel Nunes de Souza, 390, Serra Talhada
A história do bando de Lampião e Maria Bonita é revisitada e os visitantes podem conferir com os próprios olhos o que os livros de história, os filmes e os documentários contam sobre os cangaceiros. O ponto de partida do passeio é o local onde aconteceu o primeiro confronto armado entre os irmãos Ferreira e Zé Saturnino, primeiro inimigo da família de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. De lá, o grupo segue para as ruínas da antiga fazenda Pedreira, onde Zé Saturnino viveu. Os visitantes passam ainda pelo Sítio Passagem das Pedras, onde nasceu Lampião.
Para concluir o percurso sem contratempos, a recomendação é usar tênis, roupas leves, como shorts e camiseta, protetor solar e boné. Não esqueça também de levar água. O preço varia de acordo com a quantidade de pessoas. Os pacotes custam entre R$ 50 e R$ 80 e os valores levam em conta o roteiro e o tamanho do grupo. O agendamento deve ser feito com antecedência.
“Esse roteiro é feito há mais de 10 anos. Começamos com grupos de estudantes, mas descobrimos que existia um nicho turístico. É um verdadeiro mergulho na história do cangaço e do Sertão do fim do século 19”, afirma o presidente da Fundação Cultural de Serra Talhada, Anildomá de Souza. Ele destaca que, além de divertido, o roteiro é educativo.
“As pessoas que fazem o passeio compreendem aspectos da história do Brasil pouco contados nos livros e nas escolas. Descobrem as riquezas do país e verdadeiros tesouros que estão no interior do estado esperando para serem descobertos”, destaca.
A história da época de batalhas travadas pelo bando de Lampião, além de gerar curiosidade dos turistas, atrai pesquisadores de todo o país para a região. Serra Talhada é emblemática no Sertão de Pernambuco. Tem cultura, história e o peso de ser uma das matrizes das cidades que compõem a Rota do Cangaço. O município conta aos visitantes tudo que viveu, a partir da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Penha, no centro da cidade.
Serra Talhada respira a memória do Rei do Cangaço e toda a época dos cangaceiros. Também por meio da arte, o xaxado e o teatro remontam a tempos que os moradores adoram contar, mesmo os que não têm saudade.
CASA DA CULTURA
Ponto integrante do passeio, a Casa da Cultura também mostra os rastros do cangaço. Lá, é possível ver itens do próprio Lampião. Todo o acervo foi montado com doações de descendentes, familiares de cangaceiros, além de peças de colecionadores. A casa abre todos os dias e o acesso é gratuito. Já na entrada, uma estátua de Lampião e Maria Bonita forma o cenário preferido de foto s para os turistas. No interior do imóvel, além de imagens, uma biblioteca está à disposição de quem quer mergulhar na história. É possível ainda comprar lembranças da cidade em um lojinha no interior da casa.
Outro lugar onde também é possível garantir uma lembrança da visita é o Museu do Cangaço. Ao lado da Estação do Forró (antiga estação de trem), o espaço mantém fotos, retrata a história do cangaço, tem réplicas de metal de Lampião e ainda conta com uma sala multimídia para quem preferir conhecer a vida na época do cangaço a partir do audiovisual.
O local não cobra entrada, exceto para grupos, por exigir a necessidade de um guia para gerenciar a visita. Já na Estação do Forró, funciona o Parque de Esculturas Ronaldo Aureliano. São 12 esculturas confeccionadas em ferro, sucata de trem e outros objetos que não eram aproveitados na ferrovia. Pelas mãos de Ronaldo Aureliano, o material foi transformado em belas obras. Algumas peças chegam a mais de dois metros de altura.
A serra que deu origem ao nome da cidade é outro atrativo do município. Além de uma estética marcante, conta com trilhas para aqueles que gostam de se aventurar. Ao chegar ao topo, no cruzeiro, os turistas ficam deslumbrados com a vista de toda a cidade e de parte do Vale do Pajeú. Há quem aproveite as formações rochosas para praticar rapel.
Serviço
Para fazer o roteiro Nas pegadas de Lampião
Museu do Cangaço
Endereço: Vila Ferroviária, s/n, Centro, Serra Talhada
Telefone: (87) 3831-3860
E-mail: cabrasdelampiao@gmail.com
Para se hospedar
Hotel Rota do Sertão
Endereço: Avenida João Gomes de Lucena, 3820, São Cristovao, Serra Talhada
Telefone: (87) 3831-7222
Cactus Hotel
Endereço: Praça Doutor Sérgio Magalhães, 742, Nossa Senhora da Penha, Serra Talhada
Telefone: (87) 3831-1560
Para comer
Bar do Raimundo
Endereço: Rua José Joaquim de Lima, 614, Serra Talhada
Telefone: (87) 3831-2897
Restaurante Dicumê
Endereço: Avenida Miguel Nunes de Souza, 390, Serra Talhada