Taciana Góes
Publicação: 25/05/2014 03:00
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Motor 1.8 16 V é igual nas duas versões e rende 130 cavalos de potência com etanol |
Fotografar o Fiat Linea 2015, em plena Avenida Rio Branco, no Recife Antigo, provocou a seguinte pergunta de um dos curiosos: “Esse carro é novo?”. E bastou o cidadão dar uma volta para ler na traseira que se tratava do sedã médio da montadora italiana com quase seis anos de mercado. “É, está diferente!”. Esse relato mostra um pouco do novo Linea depois de receber um facelift (renovada no visual e incrementada na tecnologia). O design não é arrebatador, mas agrada bastante. Ganhou uma refinada, é verdade. Essa sobrevida de pelo menos dois anos é um prato cheio para os compradores mais fiéis da marca, que podem ascender entre os diversos segmentos – do Palio para o Siena, Grand Siena até chegar no Linea – sem medo de ser feliz.
Ponto positivo
Vamos direto ao assunto. O que você quer num automóvel? Depende muito do perfil do consumidor. O Linea tem bom espaço interno, adotou o painel acertado do Punto e recebeu novos revestimentos para customizar com mais variedade de cores (aquele acabamento na cor marrom é puro charme). Uma disposição de conforto com suporte de braço na frente e também no banco de trás, além de uma estabilidade interessante para encarar qualquer curva. Testamos as duas versões: Essence (manual) e Absolute (a topo de linha com câmbio automatizado). Se é para escolher, fico na primeira opção, que, bem equipada, faz o dever de casa e torna o passeio mais econômico (a Essence faz 7,5 km/l com etanol, enquanto a Absolute, 4,5 km/l).
As versões
A Essence (de entrada) é bem equipada e posiciona o Linea abaixo dos R$ 60 mil – quando lançado na faixa dos R$ 60 mil, em 2008, suas vendas foram bem abaixo da expectativa da Fiat. A partir de R$ 55.850 é possível levar o sedã para casa já com ar, direção, trio elétrico, faróis de neblina, volante multifuncional etc.
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Interior é onde mais houve mudança positivas |
Deixando minha mão fechada de lado (sim, a economia do combustível pesa muito na hora de fechar uma compra, no meu caso), a topo de linha tem mais estilo e conforto, afinal, a diferença não é só o câmbio automatizado Dualogic Plus com trocas no volante (só?). A Absolute agrega valor também com ar-condicionado automático, rodas de liga leve 17 polegadas e o sensor de estacionamento com visualizador gráfico no painel de instrumento, futuro item de série de todos os modelos a depender do “Santo Protetor das Traseiras Automotivas”.
Já a Absolute custa R$ 66.450 e pode passar dos R$ 70 mil com os seus opcionais (sensores de chuva e luminosidade, airbag laterais e de cortina, retrovisor eletrocrômico, entre outros).
Mecânica
O conjunto de ambos agrada e o motor 1.8 16 V é igual nas duas versões. Esperto mas nem tanto, o propulsor rende 130 cavalos de potência com etanol. Na versão Absolute, é possível optar pela direção mais esportiva ativando o botão S no câmbio e sentir o motor. O isolamento acústico é decente, mas o ar-condicionado demora a gelar, considerando o calor pernambucano. Fora isso, o Linea é um sedã com proposta justa e de qualidade. Vale o test drive.