Força no comando do F-Type Jaguar com motor 2.0 promove mudança no conceito dos carros esportivos. Modelo deve combater faixa de mercado do Porsche 718

Jorge Moraes
Enviado especial
jorge@diariodepernambuco.com.br

Publicação: 14/10/2017 03:00

Noruega - Os esportivos de alta performance sempre foram sonho de consumo de muita gente.  É desafiador oferecer um quatro cilindros turbo para um automóvel desse porte. A engenharia deve garantir força com dose apaixonante de torque, mantendo o tesão em alta do dono da máquina.

Nada de escutar por aí coisas do tipo “esse carro não é um seis bocas, é um 2.0”. A crítica leiga poderá partir pra cima mas, desde já aviso, vai quebrar a cara.

O design é literalmente impecável. Nunca vi um 2.0 turbo com 300 cavalos de potência tão afoito e ruidoso como o Ingenium que provei na versão mais pop do F-Type. Modelo está finalizando as malas para chegar ao Brasil no final do primeiro semestre de 2018.

Acelerar é o máximo e a diversão estará garantida. Tem muita conversa para o turbo (nada lento) gerar o vapor. O motor desenvolve 400 Nm de torque e permite o 0 a 100 km/h em 5,6 segundos. Rapidinho, hein? A velocidade máxima controlada chega aos 250 km/h e o leve felino, sem capota, fica melhor ainda.

O conjunto mecânico retira da carroceria 52 kg de peso comparado ao 3.0 V6 de 340 cv. E esse Jaguar, bom de curva, surpreende na retomada. O câmbio é top na recuperação da força do carro. São oito velocidades do Quickshift fabricado pela ZF. Saiba também que a opção das trocas sequenciais pode ser feita pelas aletas atrás do volante.

O toque de mágica está no sistema de escapamento e basta apertar um botão no console do carro para ouvir a sinfonia. Eles conseguiram traduzir o ronco do motor em emoção pura. O apelo esportivo do F-Type foi reforçado pelo sistema de exaustão que garante o som, como eles descrevem, “digno de um legítimo Jaguar”. Eu melhoraria a  saída de escape dupla, mesmo sendo central, e colocaria uma carenagem para esconder o volume de cabos e peças quando você levanta o capô. Nesse ângulo, o motor é feio.

Visualmente, conversível ou coupé, a carroceria é arrojada, leve. Frente robusta e traseira refinada equilibrando com LED nos faróis e lanternas. Na peça do carro, uma espécie de corte de alta-costura detalha a lataria do automóvel.

No inglês F-Type, a cabine é puro prazer e a vontade que dá é ficar para sempre dentro dela. Acelerando, curtindo o cheiro do automóvel, do couro a bordo, os mimos da central multimídia e da posição de guiar. Uma das melhores.

Editor viajou a convite da Jaguar/Land Rover (JLR Group)