Multiplicação do faturamento bilionário
Personagens do universo infantil movimentam um mercado que deve faturar, em 2019, R$ 18 bi no Brasil
Publicação: 26/01/2019 03:00
Mickey Mouse, Turma da Mônica, Smurfs, Bob Esponja, Shrek, Patrulha Canina, Pica-Pau. O que há em comum entre eles? Todos têm feito a alegria dos empresários do varejo e da indústria. Se as perspectivas de crescimento para o varejo brasileiro para o próximo ano já animam o comércio e a indústria, com alta de 3% a 4%, o segmento de marcas licenciadas vive um clima de quase euforia.
Levantamento da Associação Brasileira de Licenciamento (Abral) mostra que empresas que associam seus produtos à imagem de personagens do cinema e do cartoon vão faturar R$ 18 bilhões no país em 2019, crescimento de 7% sobre 2018. Esse mercado, que terá receita de cerca de US$ 240 bilhões em todo o mundo, será puxado pela alta nos Estados Unidos, com vendas de US$ 150 bilhões.
“O licenciamento de marcas tem se mostrado uma boa oportunidade tanto para as empresas detentoras das marcas, que ganham royalties com sua licença, como para aquelas que desenvolvem produtos ou serviços e podem agregar valor a eles por meio da aplicação de uma marca, imagem ou personagem”, afirma a presidente da Abral, Marici Ferreira.
Além do potencial de crescimento, o mercado de licenciamento de marcas está amadurecendo. De acordo com Marici, a modalidade vem se profissionalizando e se tornando uma ferramenta de marketing cada vez mais importante, especialmente em períodos de turbulência econômica e crise, como os que o Brasil atravessou nos últimos anos.
“As indústrias têm concentrado seus investimentos na infraestrutura de produção e distribuição de seus produtos, enquanto o varejo está reforçando as apostas nas marcas licenciadas para se diferenciar da concorrência e atrair mais consumidores”, diz a executiva, que estima existirem no país 600 empresas licenciadas, sendo 60% voltadas ao público infantil.
Os números da Abral mostram ainda que os produtos licenciados garantem aumento de até 50% nas vendas em relação aos produtos tradicionais. “Quando a licença é bem escolhida e o produto é bem trabalhado, o resultado de um programa de licenciamento reflete em até 50% de alta de vendas, além de permitir uma faixa de lucratividade superior”, afirma a especialista. Prova da força do segmento de licenciamentos é a parceria firmada, na semana passada, entre a maior licenciadora de personagens do mundo, a Disney, e a Jam City, líder mundial em produção de entretenimento para dispositivos móveis, como tablets e smartphones.
A Jam City assumiu a responsabilidade de desenvolver jogos móveis da Walt Disney Animation e da Pixar, estúdio de animações da companhia americana. O primeiro produto que a Jam City e a Disney planejam desenvolver é um jogo móvel baseado na sequência do Frozen da Disney Animation. O contrato, que não teve seu valor revelado, deverá movimentar mais de US$ 2 bilhões somente em 2019.
No Brasil, a Disney também lidera o ranking de licenciamentos, impulsionada pelo camundongo Mickey Mouse, que está completando 90 anos. A Marvel, que pertence ao grupo Disney, e a DC Comics, da Warner, ocupam posições de destaque por conta da influência e sucesso dos heróis, tanto junto ao público infantil quanto adulto, principalmente com os geeks.
“O licenciamento de marcas é uma estratégia muito eficaz para que as empresas consigam manter o ritmo de vendas em tempos de dificuldades no varejo”, afirma Eduardo Tomiya, diretor-geral da consultoria Kantar Vermeer para a América Latina. “Historicamente, é um investimento que garante às marcas uma resiliência fora da média do mercado.”
O mercado de licenciamentos, no entanto, não vive apenas de personagens quase centenários, como o Mickey, mas demonstra uma grande capacidade de se renovar, tanto entre jovens como entre adultos. Basta observar a marca Star Wars, uma das mais relevantes no universo adulto e geek.
Segundo Marici, da Abral, as marcas brasileiras que mais se destacam no universo do licenciamento são a Turma da Mônica, da Mauricio de Sousa Produções, e a Galinha Pintadinha, além de marcas de moda — principalmente streetwear e surfwear — e de times de futebol. “Entre as celebridades, é crescente o número de youtubers e influenciadores digitais”, afirma a presidente da Abral.(Do Correio Braziliense)
Os líderes
Confira quais são as categorias que mais licenciam marcas e personagens no Brasil
Indústria bilionária
As empresas que mais faturam com licenciamento de suas marcas no mundo
The Walt Disney Company
US$ 45,2 bilhões
PVH Corp. (Calvin Klein, Tommy Hilfiger)
US$ 18 bilhões
Meredith
US$ 17,7 bilhões
Iconix Brand Group
US$ 13 bilhões
Mattel (Barbie, Forever 21)
US$ 9 bilhões
Sanrio (Hello Kitty)
US$ 6,5 bilhões
Warner Bros
US$ 6 bilhões
Major League Baseball
US$ 5,5 bilhões
Nickelodeon
US$ 5,5 bilhões
Hasbro
US$ 5 bilhões
Fonte: Forbes
Levantamento da Associação Brasileira de Licenciamento (Abral) mostra que empresas que associam seus produtos à imagem de personagens do cinema e do cartoon vão faturar R$ 18 bilhões no país em 2019, crescimento de 7% sobre 2018. Esse mercado, que terá receita de cerca de US$ 240 bilhões em todo o mundo, será puxado pela alta nos Estados Unidos, com vendas de US$ 150 bilhões.
“O licenciamento de marcas tem se mostrado uma boa oportunidade tanto para as empresas detentoras das marcas, que ganham royalties com sua licença, como para aquelas que desenvolvem produtos ou serviços e podem agregar valor a eles por meio da aplicação de uma marca, imagem ou personagem”, afirma a presidente da Abral, Marici Ferreira.
Além do potencial de crescimento, o mercado de licenciamento de marcas está amadurecendo. De acordo com Marici, a modalidade vem se profissionalizando e se tornando uma ferramenta de marketing cada vez mais importante, especialmente em períodos de turbulência econômica e crise, como os que o Brasil atravessou nos últimos anos.
“As indústrias têm concentrado seus investimentos na infraestrutura de produção e distribuição de seus produtos, enquanto o varejo está reforçando as apostas nas marcas licenciadas para se diferenciar da concorrência e atrair mais consumidores”, diz a executiva, que estima existirem no país 600 empresas licenciadas, sendo 60% voltadas ao público infantil.
Os números da Abral mostram ainda que os produtos licenciados garantem aumento de até 50% nas vendas em relação aos produtos tradicionais. “Quando a licença é bem escolhida e o produto é bem trabalhado, o resultado de um programa de licenciamento reflete em até 50% de alta de vendas, além de permitir uma faixa de lucratividade superior”, afirma a especialista. Prova da força do segmento de licenciamentos é a parceria firmada, na semana passada, entre a maior licenciadora de personagens do mundo, a Disney, e a Jam City, líder mundial em produção de entretenimento para dispositivos móveis, como tablets e smartphones.
A Jam City assumiu a responsabilidade de desenvolver jogos móveis da Walt Disney Animation e da Pixar, estúdio de animações da companhia americana. O primeiro produto que a Jam City e a Disney planejam desenvolver é um jogo móvel baseado na sequência do Frozen da Disney Animation. O contrato, que não teve seu valor revelado, deverá movimentar mais de US$ 2 bilhões somente em 2019.
No Brasil, a Disney também lidera o ranking de licenciamentos, impulsionada pelo camundongo Mickey Mouse, que está completando 90 anos. A Marvel, que pertence ao grupo Disney, e a DC Comics, da Warner, ocupam posições de destaque por conta da influência e sucesso dos heróis, tanto junto ao público infantil quanto adulto, principalmente com os geeks.
“O licenciamento de marcas é uma estratégia muito eficaz para que as empresas consigam manter o ritmo de vendas em tempos de dificuldades no varejo”, afirma Eduardo Tomiya, diretor-geral da consultoria Kantar Vermeer para a América Latina. “Historicamente, é um investimento que garante às marcas uma resiliência fora da média do mercado.”
O mercado de licenciamentos, no entanto, não vive apenas de personagens quase centenários, como o Mickey, mas demonstra uma grande capacidade de se renovar, tanto entre jovens como entre adultos. Basta observar a marca Star Wars, uma das mais relevantes no universo adulto e geek.
Segundo Marici, da Abral, as marcas brasileiras que mais se destacam no universo do licenciamento são a Turma da Mônica, da Mauricio de Sousa Produções, e a Galinha Pintadinha, além de marcas de moda — principalmente streetwear e surfwear — e de times de futebol. “Entre as celebridades, é crescente o número de youtubers e influenciadores digitais”, afirma a presidente da Abral.(Do Correio Braziliense)
Os líderes
Confira quais são as categorias que mais licenciam marcas e personagens no Brasil
- Confecções/calçados 19%
- Brinquedos 17%
- Volta às aulas 9%
- Editorial 9%
- Alimento/bebida 9%
- Higiene pessoal/cosméticos 9%
- Utilidades domésticas 8%
- Entretenimento 4%
- Artigos esportivos 4%
- Artigos de festas 3%
Indústria bilionária
As empresas que mais faturam com licenciamento de suas marcas no mundo
The Walt Disney Company
US$ 45,2 bilhões
PVH Corp. (Calvin Klein, Tommy Hilfiger)
US$ 18 bilhões
Meredith
US$ 17,7 bilhões
Iconix Brand Group
US$ 13 bilhões
Mattel (Barbie, Forever 21)
US$ 9 bilhões
Sanrio (Hello Kitty)
US$ 6,5 bilhões
Warner Bros
US$ 6 bilhões
Major League Baseball
US$ 5,5 bilhões
Nickelodeon
US$ 5,5 bilhões
Hasbro
US$ 5 bilhões
Fonte: Forbes
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