Publicação: 17/09/2019 03:00
Uma das propostas que será discutida pelo setor produtivo antes da reunião de hoje é que o álcool norte-americano só entre no país durante a entressafra no Nordeste (de agosto a abril), reduzindo os impactos financeiros. Nessa época, quem costuma atender aquele mercado são os produtores do Centro-Sul, “que corre o risco de perder espaço”, avalia Alexandre Andrade Lima, presidente da Feplana. “O que se viu até agora foi a promessa de uma negociação melhor para o açúcar, mas precisa ter uma realidade.”
A pressão por meio da Câmara, na avaliação de Lima, levou preocupação ao governo. “Acredito que se pode chegar a um denominador, mas é cedo para uma conclusão. Sem acordo, a Câmara pode tentar derrubar a portaria. Isso vai ser muito ruim para as negociações futuras do governo. Não deixa de ser uma carta na manga.”
Apesar de, por ora, o assunto estar na Câmara, Lima trabalha com a possibilidade de ser preciso contar com o apoio do Senado. E faz as contas. Cada estado do Nordeste tem três senadores eleitos. No Nordeste, são gerados cerca de 200 mil empregos diretos no plantio de cana. Cada usina emprega de 3 mil a 4 mil pessoas. Como o setor já não vem de uma situação muito favorável nos últimos anos, a chegada de mais álcool dos EUA pode ser um golpe final para algumas empresas.
Lima trabalha com o risco de fechamento de algumas unidades de produção que estejam hoje mais debilitadas financeiramente. “Concorrer com etanol produzido a partir de uma produção de milho subsidiada, na situação que o setor se encontra, pode ser fatal.”
Ainda de acordo com o presidente da Feplana, com a entrada do álcool americano, o governo deixa de arrecadar R$ 270 milhões em impostos. Para o representante da Novabio, Renato Cunha, o que ocorreu no caso do álcool dos EUA mostra uma perda de oportunidade comercial. “Em qualquer acordo, as duas partes devem ter algum tipo de compensação. Esse foi um pseudoacordo, só beneficiou os EUA”.
Cunha conta que fazia pelo menos um ano que o setor vinha conversando, na tentativa de evitar que o Nordeste absorvesse o impacto da importação livre de imposto. “O Brasil se autorregula e não precisa importar etanol. A gente fica sem ter onde vender. E não há cerimônia em fazer isso com o Nordeste. A gente cansou disso”, lamenta Cunha.
A pressão por meio da Câmara, na avaliação de Lima, levou preocupação ao governo. “Acredito que se pode chegar a um denominador, mas é cedo para uma conclusão. Sem acordo, a Câmara pode tentar derrubar a portaria. Isso vai ser muito ruim para as negociações futuras do governo. Não deixa de ser uma carta na manga.”
Apesar de, por ora, o assunto estar na Câmara, Lima trabalha com a possibilidade de ser preciso contar com o apoio do Senado. E faz as contas. Cada estado do Nordeste tem três senadores eleitos. No Nordeste, são gerados cerca de 200 mil empregos diretos no plantio de cana. Cada usina emprega de 3 mil a 4 mil pessoas. Como o setor já não vem de uma situação muito favorável nos últimos anos, a chegada de mais álcool dos EUA pode ser um golpe final para algumas empresas.
Lima trabalha com o risco de fechamento de algumas unidades de produção que estejam hoje mais debilitadas financeiramente. “Concorrer com etanol produzido a partir de uma produção de milho subsidiada, na situação que o setor se encontra, pode ser fatal.”
Ainda de acordo com o presidente da Feplana, com a entrada do álcool americano, o governo deixa de arrecadar R$ 270 milhões em impostos. Para o representante da Novabio, Renato Cunha, o que ocorreu no caso do álcool dos EUA mostra uma perda de oportunidade comercial. “Em qualquer acordo, as duas partes devem ter algum tipo de compensação. Esse foi um pseudoacordo, só beneficiou os EUA”.
Cunha conta que fazia pelo menos um ano que o setor vinha conversando, na tentativa de evitar que o Nordeste absorvesse o impacto da importação livre de imposto. “O Brasil se autorregula e não precisa importar etanol. A gente fica sem ter onde vender. E não há cerimônia em fazer isso com o Nordeste. A gente cansou disso”, lamenta Cunha.
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