Procura por imóveis compactos aumenta
Redução de despesas, como valor do condomínio, está entre razões da escolha por este tipo de produto
Patrícia Monteiro
Especial para o Diario
patricia.monteiro@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 30/05/2020 07:30
O isolamento social advindo da pandemia da Covid-19 trouxe consigo a necessidade de reconfiguração de uma série de comportamentos do consumidor e, consequentemente, novos rumos mercadológicos. No segmento imobiliário, há uma perspectiva de procura por moradias mais compactas. Em uma imobiliária do Recife, por exemplo, nos últimos 60 dias, a busca de clientes por imóveis com este perfil, a fim de reduzir despesas ou mesmo investir, aumentou em até 30%. Construtores também oferecem opções variadas no momento.
Para o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Pernambuco (Sindimóveis), Lourenço Novaes, esta é uma tendência de mercado. “Muitos investidores e moradores estão pensando em migrar para imóveis menores pensando na questão dos custos do condomínio. Além disso, a mira é para flats, apartamentos com dois quartos, coisas compactas. É algo que, na prática, vamos sentir daqui a mais alguns dias, mas considero como uma tendência real de reinvenção de mercado. Até porque é provável de que também as empresas precisem diminuir suas estruturas”, analisa.
O diretor de assuntos institucionais do Sindicato de Habitação de Pernambuco (Secovi/PE), Elísio Cruz, afirma não denominar a situação como tendência, pois é algo que já estava acontecendo antes da pandemia. “Estamos tendo uma disponibilidade mais acentuada deste tipo de imóvel no mercado porque os jovens, principalmente de maior poder aquisitivo, saem de casa cada vez mais cedo para morar só em locais de menor tamanho, mas com boa localização e acesso a serviços diversos”, afirma.
Ele já verifica, entretanto, a realidade da busca por imóveis de menor custo. “A pandemia está trazendo este desconforto às pessoas, que por terem seus salários reduzidos ou mais comprometidos estão partindo para os mais baratos. Muitos ainda não conseguem migrar, já que há as cláusulas de proteção contratual de multa por quebra do contrato, mas as buscas já acontecem”, revela.
O sócio-diretor da imobiliária Zaidan Imóveis, Felipe Zaidan, conta que, nos últimos 60 dias, viu aumentar em 30% a procura de pessoas interessadas em migrar de apartamentos maiores para os mais compactos. Seus 11 corretores vêm fazendo de dois a três atendimentos diários. “O mercado parou. Então aproveitamos as suas “falhas” e trabalhamos em um nicho que está aquecendo”, afirma. Trabalhando com imóveis de um a dois quartos, cujas metragens variam de 25 a 40 metros e com tíquete médio de R$ 150 mil a R$ 300 mil, Felipe revela que ficou surpreendido com o aumento da procura. “São pessoas que pretendem abandonar as altas taxas de condomínio e IPTU elevados para investirem em imóveis com custos mais acessíveis e possam trazer maior liquidez. Tenho recebido, todos os dias, ligações de proprietários de casas localizadas em áreas de veraneio, como Gravatá”.
Exemplo é o do administrador de empresas Leonardo Figueiredo, 43. Negociar seu imóvel, em Gravatá, é algo em que vinha pensando antes da pandemia, já que o imóvel possuía altos custos de manutenção e geração de renda sazonal. “Estou tentando vender para fazer negociação com um apartamento compacto. Uma casa de veraneio tem pouco uso e muitos gastos”, afirma.
Para o presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis de Pernambuco (Sindimóveis), Lourenço Novaes, esta é uma tendência de mercado. “Muitos investidores e moradores estão pensando em migrar para imóveis menores pensando na questão dos custos do condomínio. Além disso, a mira é para flats, apartamentos com dois quartos, coisas compactas. É algo que, na prática, vamos sentir daqui a mais alguns dias, mas considero como uma tendência real de reinvenção de mercado. Até porque é provável de que também as empresas precisem diminuir suas estruturas”, analisa.
O diretor de assuntos institucionais do Sindicato de Habitação de Pernambuco (Secovi/PE), Elísio Cruz, afirma não denominar a situação como tendência, pois é algo que já estava acontecendo antes da pandemia. “Estamos tendo uma disponibilidade mais acentuada deste tipo de imóvel no mercado porque os jovens, principalmente de maior poder aquisitivo, saem de casa cada vez mais cedo para morar só em locais de menor tamanho, mas com boa localização e acesso a serviços diversos”, afirma.
Ele já verifica, entretanto, a realidade da busca por imóveis de menor custo. “A pandemia está trazendo este desconforto às pessoas, que por terem seus salários reduzidos ou mais comprometidos estão partindo para os mais baratos. Muitos ainda não conseguem migrar, já que há as cláusulas de proteção contratual de multa por quebra do contrato, mas as buscas já acontecem”, revela.
O sócio-diretor da imobiliária Zaidan Imóveis, Felipe Zaidan, conta que, nos últimos 60 dias, viu aumentar em 30% a procura de pessoas interessadas em migrar de apartamentos maiores para os mais compactos. Seus 11 corretores vêm fazendo de dois a três atendimentos diários. “O mercado parou. Então aproveitamos as suas “falhas” e trabalhamos em um nicho que está aquecendo”, afirma. Trabalhando com imóveis de um a dois quartos, cujas metragens variam de 25 a 40 metros e com tíquete médio de R$ 150 mil a R$ 300 mil, Felipe revela que ficou surpreendido com o aumento da procura. “São pessoas que pretendem abandonar as altas taxas de condomínio e IPTU elevados para investirem em imóveis com custos mais acessíveis e possam trazer maior liquidez. Tenho recebido, todos os dias, ligações de proprietários de casas localizadas em áreas de veraneio, como Gravatá”.
Exemplo é o do administrador de empresas Leonardo Figueiredo, 43. Negociar seu imóvel, em Gravatá, é algo em que vinha pensando antes da pandemia, já que o imóvel possuía altos custos de manutenção e geração de renda sazonal. “Estou tentando vender para fazer negociação com um apartamento compacto. Uma casa de veraneio tem pouco uso e muitos gastos”, afirma.