Nova variante detectada em dois pacientes
Enfermos transferidos do Amazonas a hospitais de Pernambuco testaram positivo para a versão P1 do coronavírus. Ambos morreram
Publicação: 12/02/2021 06:10
Dois pacientes do Amazonas que vieram para Pernambuco dar continuidade ao tratamento da Covid-19 tiveram confirmação laboratorial para a variante P1 do novo coronavírus. O sequenciamento genético foi feito no Instituto Aggeu Magalhães (iam/fiocruz PE) e o resultado foi informado à Secretaria Estadual de Saúde (ses-pe) na tarde de ontem. Ambos eram do sexo masculino e estavam na faixa etária dos 50 anos. Um deles morreu no Hospital das Clínicas (HC) em janeiro. O outro foi internado inicialmente no HC e, após agravamento do caso, transferido para o Hospital de Referência à Covid-19 (antigo Alfa), onde morreu em fevereiro.
Até o momento, a Fiocruz-PE analisou 44 amostras biológicas que tinham confirmação para o novo coronavírus. Desse total, quatro eram de pacientes do Amazonas (dois com a nova variante e dois não). Outras 36 amostras, todas negativas, foram escolhidas de forma aleatória e contemplam pernambucanos residentes nas áreas de abrangência de todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), inclusive do arquipélago de Fernando de Noronha. Em outros quatro pernambucanos, não foi possível realizar o trabalho devido às condições das amostras.
A descoberta da nova variante foi feita no laboratório de biossegurança nível 3 da Fiocruz-PE e na central de sequenciamento. O processo para preparo das amostras, extração do RNA e posterior sequenciamento e análise dos dados leva, em média, duas semanas. “Nós conseguimos identificar duas variantes P1, que estão sendo relatadas em Manaus e são variantes de preocupação. Mas, nas amostras aqui do estado, não encontramos”, disse a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Serviços de Referência da Fiocruz-PE, Constância Ayres. Nos últimos dias, outros estados nordestinos, como Paraíba e Bahia, já confirmaram a identificação dessa nova linhagem.
Apesar do achado atual envolver pacientes do Amazonas, Constância reforça a possibilidade de circulação da variante P1 em território pernambucano. “Pode acontecer dessa variante ser introduzida aqui em Pernambuco. Não significa que vamos ter um aumento de casos. Pode ser que sim, mas ainda não está comprovado laboratorialmente que essa variante tem uma transmissibilidade maior. Há indícios que sim. A população deve manter os mesmos cuidados: o uso de máscara, a etiqueta respiratória, o distanciamento social e o isolamento em caso de pessoas positivas”, diz. Os dois homens tinham idades na faixa dos 50 anos, mas ainda assim não resistiram às complicações
“Além das ações coordenadas entre as secretarias estaduais e o Ministério da Saúde, para encaminhamento dos pacientes do Amazonas para as mais diversas regiões brasileiras, também sabemos de pessoas que foram buscar assistência em outros locais de forma espontânea. Essa circulação, de forma indiscriminada, leva a crer que já temos o novo vírus em diversas localidades. Esse é mais um alerta para que todos continuemos tomando todas as precauções de higiene e mantendo o distanciamento para evitar adoecimentos, independentemente de qual seja a variante”, lembra o secretário estadual de Saúde, André Longo.
Até o momento, a Fiocruz-PE analisou 44 amostras biológicas que tinham confirmação para o novo coronavírus. Desse total, quatro eram de pacientes do Amazonas (dois com a nova variante e dois não). Outras 36 amostras, todas negativas, foram escolhidas de forma aleatória e contemplam pernambucanos residentes nas áreas de abrangência de todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), inclusive do arquipélago de Fernando de Noronha. Em outros quatro pernambucanos, não foi possível realizar o trabalho devido às condições das amostras.
A descoberta da nova variante foi feita no laboratório de biossegurança nível 3 da Fiocruz-PE e na central de sequenciamento. O processo para preparo das amostras, extração do RNA e posterior sequenciamento e análise dos dados leva, em média, duas semanas. “Nós conseguimos identificar duas variantes P1, que estão sendo relatadas em Manaus e são variantes de preocupação. Mas, nas amostras aqui do estado, não encontramos”, disse a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Serviços de Referência da Fiocruz-PE, Constância Ayres. Nos últimos dias, outros estados nordestinos, como Paraíba e Bahia, já confirmaram a identificação dessa nova linhagem.
Apesar do achado atual envolver pacientes do Amazonas, Constância reforça a possibilidade de circulação da variante P1 em território pernambucano. “Pode acontecer dessa variante ser introduzida aqui em Pernambuco. Não significa que vamos ter um aumento de casos. Pode ser que sim, mas ainda não está comprovado laboratorialmente que essa variante tem uma transmissibilidade maior. Há indícios que sim. A população deve manter os mesmos cuidados: o uso de máscara, a etiqueta respiratória, o distanciamento social e o isolamento em caso de pessoas positivas”, diz. Os dois homens tinham idades na faixa dos 50 anos, mas ainda assim não resistiram às complicações
“Além das ações coordenadas entre as secretarias estaduais e o Ministério da Saúde, para encaminhamento dos pacientes do Amazonas para as mais diversas regiões brasileiras, também sabemos de pessoas que foram buscar assistência em outros locais de forma espontânea. Essa circulação, de forma indiscriminada, leva a crer que já temos o novo vírus em diversas localidades. Esse é mais um alerta para que todos continuemos tomando todas as precauções de higiene e mantendo o distanciamento para evitar adoecimentos, independentemente de qual seja a variante”, lembra o secretário estadual de Saúde, André Longo.
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