Antecipar doses para evitar a variante Delta
Estado está preocupado com eventual presença da cepa, que é combatida de forma eficaz com duas aplicações da vacina, segundo pesquisas internacionais
Publicação: 06/08/2021 03:00
Em entrevista coletiva ontem, o secretário estadual de Saúde, André Longo, defendeu a antecipação da segunda dose da AstraZeneca e também da Pfizer, contanto que haja vacinas disponíveis, para frear uma eventual chegada da variante Delta, mais transmissível, a Pernambuco. Até agora, os rastreamentos genéticos feitos no estado indicaram apenas três casos, entre tripulantes filipinos de um navio que ancorou no Recife, e não mostram transmissão comunitária. Mas Longo lembrou que no Rio de Janeiro, por exemplo, 40% das infecções já são causadas pela Delta.
“Dissemos que os municípios deveriam prosseguir a antecipação caso houvesse estoque para a segunda dose da AstraZeneca, e que isso pudesse ser feito dentro de uma segurança entre 60 e 90 dias após a primeira dose. Vários estados fizeram isso na medida em que tiveram a segunda dose. A própria aprovação da Anvisa fala num prazo menor. Não há comprometimento de eficácia, há segurança nesse processo. A gente entende que o PNI não quis dar esse passo porque não tem como garantir o imunizante para todos no prazo de 60 dias, mas a variante Delta já é uma realidade em alguns estados”, alertou.
Uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19, da Pfizer/BioNTech, chegou a Pernambuco na noite da quarta-feira. As 14 caixas térmicas, contendo 98.280 unidades do imunizante, foram desembarcadas no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre e encaminhadas à sede do Programa Nacional de Imunizações. O estado já havia recebido 52.600 doses da CoronaVac/Butantan, que somadas às da Pfizer totalizam 150.880 unidades entregues em apenas um dia, para reforçar a campanha de vacinação por faixa etária.
“O Ministério da Saúde e o PNI começaram a cogitar a possibilidade de antecipar a segunda dose da Pfizer para 21 dias. Se tivermos uma grande quantidade que dê disponibilidade de segunda dose, não faz sentido aguardar os 90 dias para tomá-la. A gente pode, com esse esforço, se mantidas as entregas de vacina previstas para agosto e setembro, algo em torno de 120 milhões de doses, antecipar o processo de vacinação para antes de dezembro”.
O secretário comentou que é preciso discutir a possibilidade de um reforço vacinal para o próximo ano, “para nos prepararmos melhor para a nossa sazonalidade”.
DISTRIBUIÇÃO
Longo disse estar esperançoso com o avanço da campanha de vacinação em Pernambuco, de forma geral, que deve ganhar um ritmo maior a partir de agora. “O Ministério da Saúde se comprometeu a reorganizar a distribuição de forma equânime, fazendo uma compensação entre os estados que inicialmente receberam doses proporcionais a mais. A partir das próximas entregas, deverão ser equiparadas as coberturas vacinais.
Alguns estados do Sudeste e Sul vinham recebendo mais doses por causa da maior quantidade de profissionais de saúde e de idosos, por exemplo.
Números
“Dissemos que os municípios deveriam prosseguir a antecipação caso houvesse estoque para a segunda dose da AstraZeneca, e que isso pudesse ser feito dentro de uma segurança entre 60 e 90 dias após a primeira dose. Vários estados fizeram isso na medida em que tiveram a segunda dose. A própria aprovação da Anvisa fala num prazo menor. Não há comprometimento de eficácia, há segurança nesse processo. A gente entende que o PNI não quis dar esse passo porque não tem como garantir o imunizante para todos no prazo de 60 dias, mas a variante Delta já é uma realidade em alguns estados”, alertou.
Uma nova remessa de vacinas contra a Covid-19, da Pfizer/BioNTech, chegou a Pernambuco na noite da quarta-feira. As 14 caixas térmicas, contendo 98.280 unidades do imunizante, foram desembarcadas no Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes – Gilberto Freyre e encaminhadas à sede do Programa Nacional de Imunizações. O estado já havia recebido 52.600 doses da CoronaVac/Butantan, que somadas às da Pfizer totalizam 150.880 unidades entregues em apenas um dia, para reforçar a campanha de vacinação por faixa etária.
“O Ministério da Saúde e o PNI começaram a cogitar a possibilidade de antecipar a segunda dose da Pfizer para 21 dias. Se tivermos uma grande quantidade que dê disponibilidade de segunda dose, não faz sentido aguardar os 90 dias para tomá-la. A gente pode, com esse esforço, se mantidas as entregas de vacina previstas para agosto e setembro, algo em torno de 120 milhões de doses, antecipar o processo de vacinação para antes de dezembro”.
O secretário comentou que é preciso discutir a possibilidade de um reforço vacinal para o próximo ano, “para nos prepararmos melhor para a nossa sazonalidade”.
DISTRIBUIÇÃO
Longo disse estar esperançoso com o avanço da campanha de vacinação em Pernambuco, de forma geral, que deve ganhar um ritmo maior a partir de agora. “O Ministério da Saúde se comprometeu a reorganizar a distribuição de forma equânime, fazendo uma compensação entre os estados que inicialmente receberam doses proporcionais a mais. A partir das próximas entregas, deverão ser equiparadas as coberturas vacinais.
Alguns estados do Sudeste e Sul vinham recebendo mais doses por causa da maior quantidade de profissionais de saúde e de idosos, por exemplo.
Números
- 1,8 milhão de pessoas (18,68% da população do estado) completaram seus esquemas vacinais contra a Covid-19
- 1,6 milhão vacinadas com imunizantes aplicados em duas doses
- 167.668 contemplados com vacina da Janssen
- 4,4 milhões de primeiras doses aplicadas (45,99% dos habitantes)