Estação de Tratamento do Cabanga é ampliada Responsável pelo tratamento de quase 50% de todo esgotamento sanitário do Recife, a ETE vai permitir a revitalização de bacias hidrográficas como a do Pina

Publicação: 11/03/2025 03:00

O Governo de Pernambuco inaugurou ontem, em parceria com a iniciativa privada, a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Cabanga, na Zona Sul do Recife. A medida marca o avanço da rede de tratamento do esgoto na capital pernambucana e em toda a Região Metropolitana. A estação do Cabanga é responsável pelo tratamento de quase 50% do esgoto coletado da cidade do Recife.

Segundo a governadora Raquel Lyra, apesar da importância da ETE, o tratamento não era adequado. “Embora cumprisse normas primárias ambientais, a gente só tinha 38% do tratamento do esgoto todo que era lançado para cá. Hoje chegamos a 78% da eficiência do tratamento e em poucas semanas chegaremos a 90%”, explicou a gestora durante o evento.

“Com isso, lançamos o esgoto tratado de volta para o Rio e a gente permite revitalização das nossas bacias hidrográficas. Isso beneficia a população ribeirinha e traz um ganho de qualidade ambiental e de saúde pública muito grande para Pernambuco como um todo”, adiantou Raquel.

De acordo com a gestão estadual, 500 mil pessoas receberão os benefícios do novo funcionamento do equipamento de saneamento da cidade do Recife. Apesar de ter sido inaugurado em 2022, o equipamento ainda precisava da adequação aos padrões regulatórios para entrar em operação.

CAPACIDADE
Com um investimento inicial de R$ 10 milhões e outros R$ 10 milhões estão plenejados para aumentar a capacidade operacional da ETE Cabanga, que  terá um impacto direto na preservação ambiental, melhorando a qualidade do efluente lançado no rio Jiquiá e no manguezal da bacia do Pina.

“A partir da entrega da funcionalidade dessa estação de tratamento de esgoto, nós vamos deixar de jogar aqui no rio, no estuário do Pina, algo em torno de 600 toneladas de carga orgânica por ano. Imagine que isso já tinha sido jogado nesse estuário. A gente tem forte expectativa que outras entregas virão desse tamanho em benefício da população”, disse o presidente da Compesa, Alex Campos. Os novos módulos do sistema vão permitir que a remoção de carbono orgânico (material orgânico) passe de 192 para 792 toneladas por ano, o que equivale a mais de 7 mil piscinas olímpicas. Isso dará à unidade a capacidade de receber os afluentes que serão coletados a partir das obras de implantação de metros de esgoto em novas áreas da cidade.