O ator Marcelo Faria, que mora em frente ao ponto da ciclovia que desabou, acompanhou o resgate dos corpos do mar. Ele usa todo dia a ciclovia, para levar a filha ao colégio e para visitar a mãe e ir ao trabalho. Para Faria, a ciclovia não estava bem fixada nas vigas sobre as quais foi encaixada.

“Minha mulher me chamou quando viu um corpo sangrando e boiando no mar. Eu achei que fosse um pescador. Depois, o segurança do condomínio chegou dizendo que a ciclovia tinha desabado. Quando inauguraram, foi um alívio. Eu uso todo dia com minha filha, de 5 anos, e, muitas vezes, com ela na garupa. A primeira sensação que eu tive foi de que poderia ter sido a gente”, contou o ator, por telefone.

NO EXTERIOR
O acidente foi destaque na imprensa internacional. Sites de jornais citaram que a via foi construída especialmente para os visitantes dos Jogos Olímpicos de 2016.

O britânico The Guardian afirmou que a queda da ciclovia prejudica a credibilidade em relação à padrão de segurança e em engenharia da sede das Olimpíadas. O Guardian considerou o acidente um “golpe ao prestígio do Rio de Janeiro”.

O The New York Times citou uma “série de problemas” nas preparações para os Jogos Olímpicos, lembrando ainda o vírus da zika, a crise política, atuação de cambistas e corte de gastos devido à crise financeira.