Crime classificado como barbárie

Publicação: 27/05/2016 03:00

A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ) classificou o caso como “barbárie”. “Os atos repulsivos demonstram, lamentavelmente, a cultura machista que ainda existe, em pleno século 21”, diz a entidade em nota. “Um estupro coletivo, com requintes de crueldade, no qual vários indivíduos perpetuaram a humilhação expondo, nas redes sociais, a dor da vítima”, afirma a entidade.

A OAB-RJ atenta ainda para o fato de que, para cada caso público de estupro, tantos outros permanecem ocultos, sem repercussão. “Precisamos lutar contra a violência em cada lar, em cada comunidade, em cada bairro. A revolta e a mobilização são claros indícios de que a indignação social se faz fortemente presente”, diz a nota.

Diante do ocorrido, a OAB-RJ afirma que frases machistas, piadas sexistas e propagandas que tornam a mulher um objeto sexual devem ser combatidas, “sob o risco de se tornarem potenciais incentivadoras de comportamentos perversos”. A entidade está oferecendo assistência jurídica à família e afirma esperar que a lei prevaleça na punição aos responsáveis.

A presidente afastada, Dilma Rousseff, manifestou solidariedade à jovem de 16 anos estuprada por vários homens no Rio de Janeiro. Em sua página no Facebook, Dilma também classificou o ato dos 33 agressores de “barbárie”. “Mais uma vez reafirmo meu repúdio à violência contra as mulheres. Precisamos combater, denunciar e punir este crime. É inaceitável que crimes como esse continuem a acontecer. Repito, devemos identificar e punir os responsáveis”, disse.

Em nota pública divulgada na noite de ontem, a ONU Mulheres Brasil se solidarizou com as duas adolescentes vítimas de estupro coletivo no Brasil. Um dos casos aconteceu no Rio de Janeiro, com uma jovem de 16 anos, estuprada por vários homens e o outro ocorreu em Bom Jesus (PI), com a vítima sendo atacada sexualmente por cinco homens. (AE)