Monitoramento feito por mais de 30 órgãos

Publicação: 26/07/2016 03:00

No Brasil, o monitoramento de alvos do Sisbin é feito pela Abin, que coordena o sistema e a ações contraterrorismo da Olimpíada, pela Polícia Federal, pelas Forças Armadas e mais de 30 órgãos, inclusive o Ibama. As ações incluem monitoramento de redes sociais, inclusive com aplicativos de computadores que “fiscalizam” uso de determinadas palavras-chave, “fontes vivas” ou informantes e os chamados “abajures”, agentes que observam um alvo de perto e ficam parados como mobílias, enquanto filmam e fotografam para depois escreverem relatórios.

Na Operação Hashtag, que prendeu 12 pessoas acusadas de preparar atos terroristas na Olimpíada, houve até técnica de infiltração. Um agente ingressou em rede social para capturar as mensagens trocadas. Algumas delas mostravam vídeos em que os brasileiros agora presos gravaram “batismos” com juramentos de lealdade ao Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isil ou Da’esh).

A ação da polícia e do Ministério Público aparece mais quando a exaltação aos terroristas pula de nível, como compra de armamento e negociação de explosivos. “No momento em que a pessoa passa a adotar práticas mais concretas, passa da situação de alvo de inteligência para ser um alvo de investigação criminal”, explica Panoeiro. Ele disse que não há nenhuma apuração formal para atos terroristas nos Jogos. Porém, uma fonte que atua no setor disse que havia três inquéritos abertos na Divisão Antiterrorismo (DAT), da Polícia Federal, que funciona em Brasília. Haverá também um posto avançado no Rio de Janeiro durante a Olimpíada.

A assessoria da PF disse que não pode responder sobre monitoramento de alvos nos Jogos Olímpicos. (EM)