Queda de helicóptero mata noiva e mais três Mulher de 32 anos estava indo para o casamento com o irmão e a fotógrafa. Piloto também morreu

Publicação: 05/12/2016 03:00

Aeronave alugada pela noiva caiu a cerca de 2 km do local onde seria o casamento (Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Aeronave alugada pela noiva caiu a cerca de 2 km do local onde seria o casamento
Querendo fazer uma surpresa ao noivo, Rosemere do Nascimento Silva, 32 anos, auxiliar de enfermagem, alugou um helicóptero para chegar ao seu casamento, que seria ontem, numa chácara chamada Recanto Beija-Flor, em São Lourenço da Serra, na Grande São Paulo. O voo, porém, não chegou ao destino. A aeronave caiu a cerca de dois quilômetros do local à cerimônia. O noivo, Udirley Marques Damasceno, 34, chaveiro, soube da tragédia enquanto aguardava no altar. Morreram também o irmão da noiva, a fotógrafa do casamento, que estava grávida, e o piloto.

O casamento seria às 16h e a aeronave pertencia a uma empresa da região. Como a noiva atrasou muito, o organizador da festa, Carlos Eduardo Baptista, proprietário do Recanto Beija-Flor, entrou em contato com a empresa responsável pelo voo, que informou que o helicóptero já estava no ar e relatou um acidente aéreo ocorrido na região, mas sem saber que era com Rosemere. O organizador esperou mais e depois procurou o Corpo de Bombeiros e recebeu a informação oficial da queda e das mortes. “Chamei o pastor que estava na cerimônia e ele foi comigo comunicar para tentar acalantar o noivo. Ele ficou em estado de choque. Depois, os demais convidados (cerca de 300) souberam e ninguém sabia como agir. Foi uma tragédia”.

A queda ocorreu na Estrada da Barrinha e oito carros dos Bombeiros foram para o local. A aeronave caiu em uma região de mata fechada, próxima à Rodovia Régis Bittencourt. O helicóptero que caiu é do modelo Robinson 44, matrícula PRTUN, segundo a Aeronáutica. Uma equipe do Seripa IV foi ao local iniciar investigações sobre a queda. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a aeronave estava com inspeção válida até o próximo dia 16, que o certificado de aeronavegabilidade estava normalizado e que poderia voar até 1º de fevereiro de 2017.