Secretários fazem cobranças

Publicação: 18/01/2017 03:00

Antes do posicionamente de Michel Temer, secretários estaduais de Segurança Pública pressionaram pela criação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que vincule repasses para a área, como ocorre hoje na saúde e educação, e cobraram do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, recursos para a implementação do plano nacional.

Com o impasse sobre a origem do dinheiro, o governo federal cancelou uma cerimônia, que ocorreria hoje no Palácio do Planalto, entre Temer e os 27 governadores para assinar o Pacto Federativo pela Segurança Pública. Segundo o Planalto, agora serão feitas reuniões regionais, começando hoje com representantes dos estados do Norte e Centro-Oeste, os mais afetados com as últimas rebeliões.

O presidente do colégio de secretários de Segurança Pública, Jefferson Portela (Maranhão), disse que o porcentual do repasse ainda precisa ser definido. Portela afirmou que a vinculação será “vital” para a assinatura de um pacto. “É o ponto número um para o sucesso do plano.”

Ao deixar o encontro, o secretário de Defesa e Cidadania de Rondônia, coronel Lioberto Caetano, ressaltou que o plano apresentado pelo governo não atende às necessidades dos estados. “Vamos fazer o combate de fronteiras? Então, diga de onde virão os recursos. Quem vai atuar. O governo federal vai ter de custear isso”.

O secretário de Segurança do Amazonas, Sérgio Fontes, também endossou o apelo. Houve um “pedido geral” dos secretários de Segurança estaduais para saber “de onde vai sair a verba para as ações”. Segundo ele, as medidas emergenciais propostas pelo governo são “passo positivo” para “apagar o incêndio” da crise penitenciária, mas é preciso avançar no combate às causas do crime organizado. (Da redação com agências)