GOIáS » STF quer relatório sobre presídio

Publicação: 03/01/2018 03:00

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, determinou ontem que o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) envie ao conselho, em 48 horas, relatório com informações sobre as condições do Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. Uma rebelião na unidade após confrontos de grupos rivais na última segunda-feira terminou com nove mortes e dezenas de fugas.

“Requisito ainda os dados da inspeção realizada antes desta agora determinada, com informações sobre a data e os órgãos e respectivos titulares que tenham comparecido ao estabelecimento prisional”, diz Cármen Lúcia no ofício. De acordo com a Superintendência Executiva de Administração Penitenciária de Goiás, os presos da Colônia Agroindustrial, do regime semiaberto, que estavam na ala C do complexo prisional, invadiram as alas A, B e D, o que resultou no confronto e nas mortes. De acordo com órgão estadual, a situação está controlada e os detentos feridos receberam atendimento médico e já retornaram para a unidade.

O confronto deixou nove mortos, todos carbonizados, sendo que dois também foram decapitados. A Polícia Militar recapturou 143 detentos até ontem e 99 são considerados foragidos. As informações foram dadas pelo tenente-coronel Newton Castilho, superintendente de segurança penitenciária de Goiás.

O Complexo Penitenciário de Aparecida de Goiânia tem capacidade para 500 detentos em regime fechado e conta com uma população carcerária de 768 presos. Segundo o tenente-coronel Castilho, os responsáveis pelas mortes são chamados de “bloqueados”, porque estão no regime semiaberto, mas como não possuem emprego, ficam em regime fechado no local.