Censo ratifica a triste realidade de brasileiros IBGE divulgou dados do Censo 2022. Em relação ao saneamento básico, apesar de um avanço na cobertura, o serviço ainda não é para todos

Publicação: 24/02/2024 03:00

Segundo o Censo de 2022, quase um terço dos brasileiros ainda vivem em casas sem coleta de esgoto. As restrições de acesso ao saneamento básico são maiores entre pretos, pardos e indígenas. As informações foram divulgadas ,nesta sexta-feira (23), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),

“Entre os serviços que compõem o saneamento básico, a coleta de esgoto é o mais difícil, pois demanda uma estrutura mais cara do que os demais. O Censo 2022 reflete isso, mostrando expansão do esgotamento sanitário no Brasil, porém com uma cobertura ainda inferior à da distribuição de água e à da coleta de lixo”, explica Bruno Perez, analista da pesquisa.

A expansão citada por Perez é a seguinte: pelo censo 2022, 62,5% da população brasileira mora em domicílios conectados à rede de coleta de esgoto. Esse índice era de 44,4% em 2000 e subiu para 52,8% em 2010.

Os dados do IBGE apontam que os moradores do Sudeste são mais atendidos por rede coletora de esgoto, com 86,2% da população atendida. Em contrapartida, a região Norte mostrou a menor taxa nesse indicador, com 22,8%. Entre as unidades federativas, São Paulo foi a que mais se destacou positivamente, com 90,8%, enquanto que no Amapá, apenas a rede de esgoto alcança taxa de apenas 11%.

Na comparação entre 2010 e 2022, todas as unidades da federação registraram crescimento da proporção da população que reside em domicílios com coleta de esgoto. Porém, apesar dos avanços observados, 3.505 municípios brasileiros tinham menos da metade da população morando em domicílios com coleta de esgoto. (Da Redação com Agências)