Segundo Renato Cunha, na próxima terça haverá definições após reunião em Brasília

Com a proximidade da data para entrar em vigor a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos importados do Brasil, prevista para 6 de agosto, os setores da cana-de-açúcar e da fruticultura do Vale do São Francisco demonstram expectativa positiva sobre uma possível isenção desses produtos do tarifaço. Apesar da esperança dos produtores, o Governo de Pernambuco está trabalhando em um pacote de medidas para amenizar o impacto das tarifas.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar-PE), Renato Cunha, o governo de Pernambuco já solicitou do Governo Federal apoio para disponibilizar linhas de crédito aos produtores afetados. “Ainda não sabemos a formatação de como isso vai ser, mas a governadora vai ter essa notícia na terça-feira (5), porque outros governadores do Nordeste irão também com ela”, disse.

Nesta data, a governadora do estado se reunirá com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. Segundo Cunha, esse apoio é fundamental para o setor continuar mantendo e gerando empregos e investimentos.

Sobre a possibilidade do lançamento de uma linha emergencial para auxiliar os setor, o presidente da Associação dos Produtores e Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), José Gualberto, avalia a medida como importante e faz um paralelo com a pandemia. “Temos até uma certa experiência em enfrentar esse tipo de crise, que foi quando enfrentamos a Covid-19. Nós confiamos que o governo esteja do nosso lado. Queremos preservar a continuidade das nossas empresas, dos pomares e dos trabalhadores. É muito importante que não haja demissões”, reforça.

ISENÇÕES
Renato Cunha aponta a chance de novos produtos serem isentos do tarifaço. “Acredito que há uma chance de se incluir mais alguns produtos, principalmente produtos de segurança alimentar”, ressalta.

“Nós estamos confiantes que o setor possa resolver, com o apoio também do governo. Estamos direcionando para outros mercados, o mercado interno principalmente e confiando em uma solução”, destaca o presidente da Valexport.