Assessores de ministros do STJ investigados
Um dos alvos na Operação Sisamnes, deflagrada ontem pela Polícia Federal, é Daimler Alberto de Campos, chefe do gabinete da ministra Isabel Gallotti
Felipe Resk
Publicação: 27/11/2024 03:00
A Polícia Federal (PF) deflagrou, ontem, a Operação Sisamnes, que investiga uma rede de venda de decisões judiciais. Entre os alvos da ação, estão advogados, lobistas, magistrados e assessores de ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspeitos de participar do esquema.
O inquérito foi revelado pela revista Veja, no mês passado, e instaurou crise no STJ desde então. O Diario de Pernambuco apurou que já há processos em que a parte arguiu a suspeição de ministros da Corte, o que pode resultar na anulação de uma série de decisões.
Entre os investigados, está Daimler Alberto de Campos, chefe de gabinete da ministra Isabel Gallotti, do STJ, que estaria envolvido em quatro fatos e foi afastado do cargo. Ele foi alvo de busca e apreensão, autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e deve ter R$ 2 milhões sequestrados pela Justiça.
Ex-assessor de Gallotti e da ministra Nancy Andrighi, Márcio José Toledo Pinto é outro servidor do STJ suspeito de envolvimento no esquema. Ele já estava afastado da Corte, mesmo antes da operação, por responder a processo administrativo. Já o terceiro investigado é Rodrigo Andrade, que chefia o gabinete do ministro Og Fernandes.
“Os investigados solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, por meio de decisões favoráveis aos seus interesses”, diz a PF, em nota sobre a operação. Ao todo, a PF cumpriu um mandado de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão em Pernambuco, Mato Grosso e no Distrito Federal. Entre os alvos da operação, também estão os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), que foram obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas.
Na decisão, Zanin também decretou bloqueio de até R$ 6 milhões contra os suspeitos de fraudar processos e negociar decisões judiciais. O suposto esquema foi descoberto após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto com dez tiros na frente do seu escritório, em Cuiabá, em dezembro de 2023. No celular da vítima, investigadores teriam encontrado mensagens que indicavam subornos, tentativas de manipular decisões judiciais e vazamentos de informações privilegiadas. Segundo a investigação, o líder do esquema seria o lobista Andreson Oliveira, que teve a prisão decretada.
O inquérito foi revelado pela revista Veja, no mês passado, e instaurou crise no STJ desde então. O Diario de Pernambuco apurou que já há processos em que a parte arguiu a suspeição de ministros da Corte, o que pode resultar na anulação de uma série de decisões.
Entre os investigados, está Daimler Alberto de Campos, chefe de gabinete da ministra Isabel Gallotti, do STJ, que estaria envolvido em quatro fatos e foi afastado do cargo. Ele foi alvo de busca e apreensão, autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), e deve ter R$ 2 milhões sequestrados pela Justiça.
Ex-assessor de Gallotti e da ministra Nancy Andrighi, Márcio José Toledo Pinto é outro servidor do STJ suspeito de envolvimento no esquema. Ele já estava afastado da Corte, mesmo antes da operação, por responder a processo administrativo. Já o terceiro investigado é Rodrigo Andrade, que chefia o gabinete do ministro Og Fernandes.
“Os investigados solicitavam valores para beneficiar partes em processos judiciais, por meio de decisões favoráveis aos seus interesses”, diz a PF, em nota sobre a operação. Ao todo, a PF cumpriu um mandado de prisão preventiva e 23 de busca e apreensão em Pernambuco, Mato Grosso e no Distrito Federal. Entre os alvos da operação, também estão os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho, do Tribunal de Justiça do Mato Grosso (TJMT), que foram obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas.
Na decisão, Zanin também decretou bloqueio de até R$ 6 milhões contra os suspeitos de fraudar processos e negociar decisões judiciais. O suposto esquema foi descoberto após o assassinato do advogado Roberto Zampieri, morto com dez tiros na frente do seu escritório, em Cuiabá, em dezembro de 2023. No celular da vítima, investigadores teriam encontrado mensagens que indicavam subornos, tentativas de manipular decisões judiciais e vazamentos de informações privilegiadas. Segundo a investigação, o líder do esquema seria o lobista Andreson Oliveira, que teve a prisão decretada.