Mais de 37% mulheres já foram vítima de violência
Pesquisa é realizada a cada dois anos com o objetivo de entender os atos violentos conta a população feminina para além dos registros policiais
Publicação: 11/03/2025 03:00
Ao menos 21,4 milhões de mulheres brasileiras - ou 37,5% da população feminina com 16 anos ou mais - foram vítimas de algum tipo de violência no último ano, segundo estudo do Fórum Brasileiro de Segurança e do Instituto Datafolha. Entre as formas mais frequentes, estão humilhações verbais e agressões físicas, como batidas, chutes ou empurrões.
Os dados, divulgados ontem estão presentes na quinta edição da pesquisa “Visível e Invisível: Vitimização de Meninas e Mulheres”, que é realizada a cada dois anos. O principal objetivo do estudo é entender a violência contra mulher para além dos registros policiais.
Foram realizadas entrevistas em 126 municípios, entre 10 e 14 do mês passado. Ao todo, 793 mulheres com 16 anos ou mais responderam a um questionário, de forma presencial, sobre formas de violência que possam ter experimentado ou presenciado ao longo dos 12 meses anteriores à coleta de dados - ou seja, entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.
A pesquisa mostra que o porcentual de mulheres que apontaram ter sido vítimas de violência é consideravelmente maior do que na edição passada, de 2023, quando essa parcela correspondia a 28 9% das respondentes. Conforme os pesquisadores, é “difícil precisar as razões” que levaram a esse crescimento, mas há algumas hipóteses principais.
“Há camadas que vão se sobrepondo e que nos ajudam a entender o que está acontecendo”, afirma Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Entre as hipóteses, ela diz que pode ter ocorrido prolongamento do cenário apontado já no relatório de 2023, que indicou o crescimento de todas as formas de violência contra a mulher.
Para Samira, o avanço dos discursos de ódio nos últimos anos também pode ter sido decisivo. “Houve, por exemplo, a multiplicação (na internet) de canais ‘red pill’, que têm discursos misóginos, machistas e que fazem apologia da violência contra a mulher”, diz. A pesquisa apontou também que as mulheres vitimadas relataram, em média, mais de três tipos diferentes de violência no período.
ASSÉDIO
A pesquisa mostra ainda que 49,6% das mulheres entrevistadas afirmaram ter sofrido algum tipo de assédio. Em números absolutos, mais de 29 milhões de brasileiras com mais de 16 anos foram vítimas de assédio no último ano. Entre as formas mais prevalentes, estão cantadas ou comentários desrespeitosos na rua (40,8%), cantadas ou comentários desrespeitosos no ambiente de trabalho (20,5%) e assédio físico no transporte público (15,3%). (Estadão Conteúdo)
Os dados, divulgados ontem estão presentes na quinta edição da pesquisa “Visível e Invisível: Vitimização de Meninas e Mulheres”, que é realizada a cada dois anos. O principal objetivo do estudo é entender a violência contra mulher para além dos registros policiais.
Foram realizadas entrevistas em 126 municípios, entre 10 e 14 do mês passado. Ao todo, 793 mulheres com 16 anos ou mais responderam a um questionário, de forma presencial, sobre formas de violência que possam ter experimentado ou presenciado ao longo dos 12 meses anteriores à coleta de dados - ou seja, entre fevereiro de 2024 e fevereiro de 2025.
A pesquisa mostra que o porcentual de mulheres que apontaram ter sido vítimas de violência é consideravelmente maior do que na edição passada, de 2023, quando essa parcela correspondia a 28 9% das respondentes. Conforme os pesquisadores, é “difícil precisar as razões” que levaram a esse crescimento, mas há algumas hipóteses principais.
“Há camadas que vão se sobrepondo e que nos ajudam a entender o que está acontecendo”, afirma Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Entre as hipóteses, ela diz que pode ter ocorrido prolongamento do cenário apontado já no relatório de 2023, que indicou o crescimento de todas as formas de violência contra a mulher.
Para Samira, o avanço dos discursos de ódio nos últimos anos também pode ter sido decisivo. “Houve, por exemplo, a multiplicação (na internet) de canais ‘red pill’, que têm discursos misóginos, machistas e que fazem apologia da violência contra a mulher”, diz. A pesquisa apontou também que as mulheres vitimadas relataram, em média, mais de três tipos diferentes de violência no período.
ASSÉDIO
A pesquisa mostra ainda que 49,6% das mulheres entrevistadas afirmaram ter sofrido algum tipo de assédio. Em números absolutos, mais de 29 milhões de brasileiras com mais de 16 anos foram vítimas de assédio no último ano. Entre as formas mais prevalentes, estão cantadas ou comentários desrespeitosos na rua (40,8%), cantadas ou comentários desrespeitosos no ambiente de trabalho (20,5%) e assédio físico no transporte público (15,3%). (Estadão Conteúdo)