Bolsa Família altera a regra de proteção Beneficiários cuja renda familiar per capita ultrapassar linha da pobreza terá permanência no programa reduzida de dois anos para 12 meses

Publicação: 16/05/2025 03:00

Caso renda da família oscile, reintegração está garantida (LYON SANTOS/ MDS)
Caso renda da família oscile, reintegração está garantida
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) reduziu, por meio de portaria, de dois para um ano - 12 meses - a permanência no Bolsa Família após a renda familiar per capita mensal constante do CadÚnico ultrapassar a linha de pobreza, que foi atualizada de R$ 759 para R$ 706. O prazo da chamada “regra de proteção” do programa é contado a partir da atualização cadastral dos beneficiários. Durante esse período sem suspensão imediata dos pagamentos, as famílias recebem apenas 50% do valor dos benefícios.

“Nas hipóteses em que a renda da família beneficiária em situação de regra de proteção tenha em sua composição pensão por morte, aposentadoria, benefícios previdenciários pagos pelo setor público ou Benefício de Prestação Continuada - BPC Idoso, o período de validade do benefício será de dois meses”, completou o texto assinado pelo ministro Wellington Dias.

As famílias que já estavam enquadradas na regra de proteção anterior continuarão atendidas até o prazo final de 24 meses. A nova regra entra em vigor no dia 12 de junho deste ano.

Caso a renda da família oscile novamente e retorne aos critérios de elegibilidade do programa, o valor integral do auxílio será restabelecido. Além disso, todas as famílias que deixarem o programa após o fim da regra de proteção poderão retornar com prioridade, caso voltem à situação de pobreza. “Isso será possível por meio do mecanismo do retorno garantido, que é válido por até 36 meses e permite a reversão do cancelamento e a reintegração ao programa”, destacou a pasta.

“As mudanças representam maior qualificação do gasto público e do atendimento às famílias que mais precisam, garantindo a segurança na transição para o mercado de trabalho e mantendo o Bolsa Família como um dos programas sociais mais eficientes do mundo”, concluiu o ministério. (Estadão Conteúdo e Agência Brasil)