MANIFESTAÇÃO » Bolsonaro põe culpa do 8/1 na esquerda

Publicação: 30/06/2025 03:00

O ato teria reunido um público de apenas 12 mil pessoas (ROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL)
O ato teria reunido um público de apenas 12 mil pessoas

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse ontem, durante manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo, que os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, foram um “movimento orquestrado pela esquerda”, e chamou o processo por tentativa de golpe de Estado, pelo qual está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal (STF), de “fumaça de golpe”.  Há apenas três dias, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, abriu prazo para as alegações finais do processo que investiga a trama golpista.

Durante o evento, os manifestantes também exibiram faixas pedindo anistia aos condenados pelos ataques de 8 de janeiro às sedes dos Três Poderes. Além de Bolsonaro, o ato contou com a presença do pastor evangélico Silas Malafaia, principal organizador do ato, e dos governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo), Romeu Zema (Minas Gerais) e Jorginho Mello (Santa Catarina). 

Em seu discurso, o ex-presidente também defendeu a anistia aos manifestantes condenados pelos atentados do 8 de janeiro. “Apelo aos três poderes da República para pacificar o Brasil. Liberdade para os inocentes do 8 de janeiro”, falou. Segundo ele, a anistia “é um remédio previsto na Constituição” e o caminho para a pacificação.

A manifestação reuniu 12,4 mil pessoas, segundo o Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common. O levantamento mostra que houve perda de adesão de bolsonaristas nos protestos contra o avanço do julgamento. 

No ato Anistia Já, em 6 de abril, por exemplo, o público foi de 44,9 mil, também na Paulista. A Secretaria da Segurança Pública (SSP) não divulgou estimativa de público. Férias escolares, a falta de dinheiro no fim do mês e até a partida entre Flamengo e Bayern de Munique, pela Copa do Mundo de Clubes, foram apontadas como justificativas para a baixa adesão ao ato, segundo o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, e pelo senador Carlos Portinho. (Agência Brasil e Metrópoles)