Hemorrogia teria causado morte de turista
Resultado da autópsia realizada por legistas da Indonésia mostrou que a brasileira teria tido danos internos por conta das quedas que sofreu no vulcão
Publicação: 28/06/2025 03:00
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Juliana Marins morreu em um prazo de 20 minutos após sofrer hemorragia interna |
A autópsia realizada por legistas na Indonésia concluiu que a turista brasileira Juliana Marins morreu em decorrência de hemorragia, provocada por danos a órgãos internos e fraturas ósseas. Segundo os legistas, os ferimentos foram provocados por traumas por contusão, ocorridos poucas horas antes do resgate do corpo.
Eles explicaram que depois do início da hemorragia, a morte levou menos de 20 minutos para ocorrer. A equipe também descartou morte por hipotermia, porque não há sinais de lesões teciduais nos dedos. O resultado final da autópsia, que ainda incluirá exames toxicológicos, deverá sair em duas semanas.
A estimativa contradiz o que havia sido informado pela Basarnas, a agência nacional de buscas e resgates da Indonésia. Segundo o órgão, Juliana foi encontrada já sem vida na noite de terça-feira (24), após dias de buscas intensas no vulcão, o segundo mais alto do país.
“De fato, é diferente da declaração de Basarnas. Há uma diferença de cerca de seis horas em relação ao horário declarado por eles. Isso se baseia nos dados de cálculo do médico”, afirmou o especialista forense Ida Bagus Alit à imprensa local.
QUEDA
Juliana Marins fazia uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia, no último sábado (21), quando caiu na cratera do vulcão. A brasileira esperou viva pelo resgate provavelmente por três ou quatro dias, mas quando as equipes de socorro chegaram até ela, constataram que já tinha morrido.
Na noite de quinta-feira (26), no horário do Brasil, o pai de Juliana, Manoel Marins, disse que ainda estava em Lombok, esperando pelo atestado de óbito para trazer o corpo da filha de volta.
Na sexta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, publicou, no Diário Oficial da União, decreto que permitirá que o translado de Juliana Marins possa ser pago pelo governo. Anteriormente, havia uma proibição de que o estado brasileiro arcasse com esse tipo de custo. (Agência Brasil)