Refinaria Abreu e Lima estreia em 4 de novembro
Diretor da Petrobras
confirmou ontem a
data para início das
operações. Mas os
trabalhadores estão
em greve desde a
semana passada
Publicação: 12/08/2014 03:00
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Trabalhadores das empresas não aceitaram percentual de reajuste salarial proposto pelos patrões |
Durante a assembleia geral, a categoria não aceitou a segunda proposta de reajuste salarial do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) e decidiu permanecer com as atividades paralisadas por tempo indeterminado. Os trabalhadores pedem um reajuste de 13%. O Sinicon sinalizou, inicialmente, com 7,5%. Depois chegou a uma proposta de 8%. “Vamos aguardar uma nova proposta dos patrões para definir os rumos da greve e aceitamos conversar também sobre o pagamento do adicional de periculosidade a partir de setembro”, explicou Leodelson Batos, diretor de fiscalização do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral (Sintepav-PE).
A assembleia de ontem foi pacífica, sem incidentes e reuniu mais de 10 mil trabalhadores. Segundo o Sintepav-PE, cerca de 38 mil aderiram à greve. Uma nova assembleia geral está marcada para a manhã de hoje, a partir das 7h, para definir pela continuidade da greve ou acordo junto aos patrões. A paralisação também atinge a PetroquímicaSuape. Sobre a greve, a Petrobras informou em nota que “não é parte nas relações trabalhistas entre as empresas contratadas da obra da Refinaria Abreu e Lima e seus funcionários. A companhia acompanha as negociações que estão em andamento e espera um desfecho adequado para ambas as partes”.
Orçada inicialmente em US$ 2,5 bilhões, a Rnest já custa pouco mais de US$ 18 bilhões. Pode chegar próximo aos US$ 20 bilhões, segundo a presidente da Petrobras Graça Foster, que visitou as obras da refinaria em julho. A estatal está tocando as obras sozinha, depois que viu naufragar a “parceria” com a venezuelana PDVSA. Pelo acordo firmado em 2005, o Brasil assumiria 60% dos gastos e a Venezuela ficaria com os 40% restantes. A confirmação de uma refinaria 100% nacional aconteceu no segundo semestre do ano passado. A Rnest será a unidade com maior taxa de conversão de óleo cru em Diesel (70%), apta a processar 230 mil barris por dia de petróleo pesado. Também vai produzir gás liquefeito de petróleo (GLP) e coque.