Tavares: com ou sem ramal

A Adutora do Agreste, obra que deverá ajudar no abastecimento do 64 municípios pernambucanos, deverá ser finalizada em dezembro de 2015. Mas a construção, que irá custar R$ 2 bilhões aos cofres federal e estadual, ficará quase inativa até o segundo semestre de 2018, nova data de finalização do Ramal do Agreste. Isto porque é o ramal que fará a ligação entre a obra a e o Eixo Leste da Transposição do Rio São Francisco. Sem ele, a adutora, que deveria atender uma população de dois milhões de pernambucanos entre Pesqueira e Gravatá, só irá abastecer 10% dessas famílias por dois anos.

O presidente da Compesa, Roberto Tavares, afirma que a infraestrutura principal irá funcionar mesmo sem o ramal. “Nós temos poços em Tupanatinga e podemos desviar água de outras adutoras da região. Esperamos começar a operar com 10% da capacidade, chegando a 15%”, ressalta. Segundo ele, em 2015, 17 municípios, dos 64 que serão beneficiados pela obra, já serão abastecidos pela adutora.

O Ministério da Integração esclarece, em nota, que o atraso foi causado pela revogação do acordo para a execução do empreendimento firmado em 2013 entre o governo federal e o estadual. “Em novembro de 2013, o governo de Pernambuco solicitou a revogação do acordo e, desde então, o ministério ficou como único responsável, lançando um edital em 2014, cujas propostas serão apresentadas em 7 de janeiro de 2015. A depender da conclusão do processo, estima-se que as obras possam ter início em abril de 2015”, detalha.