Bruna Siqueira Campos
brunasiqueira.pe@dabr.com.br
Publicação: 02/12/2014 03:00
Um baita desafio
Ok. Oficialmente, o país saiu da recessão técnica – quando, segundo o IBGE, a economia deixa de crescer por dois trimestres seguidos. Mas todos estão carecas de saber que a futura equipe ministerial vai ter de roer o osso da impopularidade pelos próximos meses. E uma dessas tarefas caberá ao senador pernambucano Armando Monteiro (PTB), que, apesar de ter perdido o pleito para governador, encerra o ano politicamente fortalecido. A ele coube uma das principais incubências da segunda fase do governo Dilma: animar os investidores desmotivados e criar um ambiente favorável para os negócios no país. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta que tocará a partir de 2015 no lugar de Mauro Borges, concentra parte valiosa do PIB nacional. Nos 12 anos do PT no poder, o setor desempenhou papel de protagonista em geração de divisas e empregos. No entanto, o habitat natural de Monteiro, onde o ex-presidente da CNI e da Fiepe “nasceu e cresceu”, passa por um momento delicado. Em tempos de crise na Petrobras, a indústria amarga atrasos nos repasses de verba e sofre as consequências de um conturbado ano eleitoral. Perdeu participação no PIB, encara dificuldades na linha de produção e se prepara para viver sem as desonerações fiscais que, nos últimos anos, sustentaram segmentos importantes, como o automotivo. Em Pernambuco, a desaceleração é clara nas recém-surgidas cadeias do petróleo e gás e na indústria naval. Enquanto os estaleiros interromperam os batismos de suas “crias” para esperar a poeira baixar, trabalhadores dos consórcios ligados à Refinaria Abreu e Lima brigam para receber salários atrasados. Ontem, cerca de 200 homens bloquearam a entrada de um empresarial em Boa Viagem para bradar seus problemas aos quatro ventos. Numa das faixas que carregavam, podia-se ler: “Estamos passando fome”. De fato, 2015 não será um ano de lua-de-mel.
O que esperar de 2015?
O poder de arrasto dos investimentos estruturadores ajudará a economia pernambucana a não sucumbir ao arrocho que será visto, em todas as esferas, a partir de janeiro. A opinião é do consultor Francisco Cunha, sócio da TGI Consultoria em Gestão, que ontem traçou seu tradicional panorama da economia para um auditório lotado por mais de 600 convidados, no Armazém Blu’nelle. Cunha acredita na manutenção do crescimento do PIB na casa de 3% para o estado. No cenário nacional, diz que a arrumação da casa ficará nas mãos do “quinteto fantástico” Joaquim Levy, Nelson Barbosa, Armando Monteiro, Alexandre Tombini e Kátia Abreu.
Contabilizando as cifras
O Complexo de Suape chega a dezembro com investimentos da ordem de R$ 139,4 milhões somente em obras. Entre as empreitadas está o aporte feito no pátio que irá servir à fábrica da Jeep/Fiat Chrysler, construída no município de Goiana. O espaço em Suape, por sua vez, está em fase de acabamento para ser alfandegado no primeiro semestre do próximo ano.
Do porto para as ruas
O conjunto residencial da foto fica em Amsterdã, na Holanda, e guarda uma peculiaridade: é feito sem um tijolo sequer. Cada apartamento é um contêiner adaptado com sala, cozinha, banheiro, dormitório e varanda. Ainda não há nada igual no Recife, mas a empresa Agemar diz que a utilização do módulo para criar lojas, escritórios e outros projetos do tipo tem caído no gosto do pernambucano. Neste ano, fechou 20% a mais de contratos para customização destes equipamentos, seja de venda ou locação.
Olho vivo
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou uma cartilha para orientar os usuários sobre os cartões de desconto ou pré-pagos de saúde. Eles não são enquadrados na lei federal que protege os beneficiários do segmento e não podem ser oferecidos pelas operadoras. Para saber mais: http://diariode.pe/jxo.
Ok. Oficialmente, o país saiu da recessão técnica – quando, segundo o IBGE, a economia deixa de crescer por dois trimestres seguidos. Mas todos estão carecas de saber que a futura equipe ministerial vai ter de roer o osso da impopularidade pelos próximos meses. E uma dessas tarefas caberá ao senador pernambucano Armando Monteiro (PTB), que, apesar de ter perdido o pleito para governador, encerra o ano politicamente fortalecido. A ele coube uma das principais incubências da segunda fase do governo Dilma: animar os investidores desmotivados e criar um ambiente favorável para os negócios no país. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, pasta que tocará a partir de 2015 no lugar de Mauro Borges, concentra parte valiosa do PIB nacional. Nos 12 anos do PT no poder, o setor desempenhou papel de protagonista em geração de divisas e empregos. No entanto, o habitat natural de Monteiro, onde o ex-presidente da CNI e da Fiepe “nasceu e cresceu”, passa por um momento delicado. Em tempos de crise na Petrobras, a indústria amarga atrasos nos repasses de verba e sofre as consequências de um conturbado ano eleitoral. Perdeu participação no PIB, encara dificuldades na linha de produção e se prepara para viver sem as desonerações fiscais que, nos últimos anos, sustentaram segmentos importantes, como o automotivo. Em Pernambuco, a desaceleração é clara nas recém-surgidas cadeias do petróleo e gás e na indústria naval. Enquanto os estaleiros interromperam os batismos de suas “crias” para esperar a poeira baixar, trabalhadores dos consórcios ligados à Refinaria Abreu e Lima brigam para receber salários atrasados. Ontem, cerca de 200 homens bloquearam a entrada de um empresarial em Boa Viagem para bradar seus problemas aos quatro ventos. Numa das faixas que carregavam, podia-se ler: “Estamos passando fome”. De fato, 2015 não será um ano de lua-de-mel.
O que esperar de 2015?
O poder de arrasto dos investimentos estruturadores ajudará a economia pernambucana a não sucumbir ao arrocho que será visto, em todas as esferas, a partir de janeiro. A opinião é do consultor Francisco Cunha, sócio da TGI Consultoria em Gestão, que ontem traçou seu tradicional panorama da economia para um auditório lotado por mais de 600 convidados, no Armazém Blu’nelle. Cunha acredita na manutenção do crescimento do PIB na casa de 3% para o estado. No cenário nacional, diz que a arrumação da casa ficará nas mãos do “quinteto fantástico” Joaquim Levy, Nelson Barbosa, Armando Monteiro, Alexandre Tombini e Kátia Abreu.
Contabilizando as cifras
O Complexo de Suape chega a dezembro com investimentos da ordem de R$ 139,4 milhões somente em obras. Entre as empreitadas está o aporte feito no pátio que irá servir à fábrica da Jeep/Fiat Chrysler, construída no município de Goiana. O espaço em Suape, por sua vez, está em fase de acabamento para ser alfandegado no primeiro semestre do próximo ano.
Do porto para as ruas
O conjunto residencial da foto fica em Amsterdã, na Holanda, e guarda uma peculiaridade: é feito sem um tijolo sequer. Cada apartamento é um contêiner adaptado com sala, cozinha, banheiro, dormitório e varanda. Ainda não há nada igual no Recife, mas a empresa Agemar diz que a utilização do módulo para criar lojas, escritórios e outros projetos do tipo tem caído no gosto do pernambucano. Neste ano, fechou 20% a mais de contratos para customização destes equipamentos, seja de venda ou locação.
Olho vivo
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) lançou uma cartilha para orientar os usuários sobre os cartões de desconto ou pré-pagos de saúde. Eles não são enquadrados na lei federal que protege os beneficiários do segmento e não podem ser oferecidos pelas operadoras. Para saber mais: http://diariode.pe/jxo.