Mochila pronta e pé na estrada Não abre mão de conhecer lugares novos, mas anda com o orçamento apertado? Lance mão de pesquisa e planejamento e se prepare para viajar

Yasmin Freitas
ESPECIAL PARA O DIARIO
yasminfreitas.pe@dabr.com.br

Publicação: 28/06/2015 03:00

Aos 25 anos, Luísa já morou fora do país cinco vezes (ROBERTO RAMOS/DP/D.A PRESS)
Aos 25 anos, Luísa já morou fora do país cinco vezes
No comando do blog de viagens Janelas Abertas, a jornalista Luísa Ferreira já morou fora do Brasil cinco vezes e fez check ins em 15 países do mapa-múndi. Conhece parte da América do Sul e da Europa, o Sul e o Sudeste do país. Muito dinheiro no bolso? Ela garante que não. Com paciência e planejamento, é possível realizar a viagem dos sonhos e não voltar para casa endividado. Buscar acomodações alternativas, pesquisar opções de passagem aérea, alimentação e passeios e saber administrar o orçamento são estratégias inteligentes. Palavra de mochileira.

Antes de fazer as malas, é preciso realizar um diagnóstico das finanças e estabelecer prioridades para definir o custo da viagem. “Oriento os viajantes a descobrirem os preços dos produtos e serviços no local de destino, e que anotem as programações realizadas diariamente, estabelecendo um valor máximo para gastar”, diz a dona da agência de viagens SevagTur, Silvana Aguiar. Neste quesito, Luisa já acerta. “Procuro me informar ao máximo, porque dá para fazer várias programações gratuitas ou por preço muito acessível. Visitei alguns museus na Europa em que a programação sai de graça em um dos dias da semana.”

Luísa destaca que os viajantes mais econômicos conseguem passar o dia com cerca de 50 euros em países como Portugal, Espanha ou Hungria. “O problema é que nem todos fazem uma organização detalhista. Mas se todos os gastos com lazer, alimentação, hospedagem e compras forem computados, fica fácil administrar”, revela a proprietária da SevagTur. Outra dica para poupar é evitar o uso do cartão de crédito e optar pela modalidade pré-paga ou dinheiro em espécie. “Os dois cartões têm a mesma taxa de juros, mas usando o crédito, fica difícil de prever o valor do fechamento da moeda estrangeira”, orienta Silvana Aguiar.

Recorrer a supermercados também pode ser uma boa ideia para reduzir custos na hora de se alimentar. “Eu sou uma amante da boa cozinha, e não podia deixar de experimentar pratos típicos por onde eu passava. Meu segredo era tomar o café da manhã no hostel, refeição geralmente inclusa na diária, almoçar fora e preparar meu jantar na acomodação”, comenta a jornalista e autora do blog Las Mochileras de Tacón, Rafaela Aguiar. Silvana Aguiar conta ainda que a maioria das pessoas tem reduzido gastos com compras e hospedagem.

E por falar em reduzir custos com hospedagem, os hostels ou albergues podem ser boas pedidas aos mochileiros de renda curta. Instalado no Recife Antigo, o AzulFusca tem forte atratividade tanto por sua localização – em um bairro de apelo turístico – quanto pela proximidade com Olinda. “Recebemos cerca de 250 visitantes por mês. Além dos mochileiros, há também executivos e concurseiros”, revela a sócia-proprietária do negócio, Kamilla Carvalho. A estrutura do hostel conta com dois quartos coletivos e diárias de R$ 45. O valor dá direito a café da manhã, ar-condicionado e internet wi-fi.

Já os praieiros podem se sentir em casa no Arrecifes Hostel, localizado em Boa Viagem. O local oferece sala de jogos, acomodações com ventilador ou ar-condicionado e café da manhã. Ao todo, são nove quartos, seis deles coletivos. As diárias vão de R$ 45 até R$ 130. Nas áreas comuns, é possível contar com televisão a cabo, internet wi-fi, sala de jogos e piscina.