Será criada uma zona de expansão, por toda Conde da Boa Vista, por conta da integração com o transporte público

Pelo menos 15 empresas de tecnologia e economia criativa de grande, médio e pequeno portes instaladas nos bairros da Boa Vista, Santo Antônio e São José estão habilitadas a embarcar no Porto Digital a partir de hoje. Isto é possível porque ontem foi sancionada a lei que possibilita a ampliação do parque tecnológico, que agora inclui os três bairros além do Recife Antigo e de Santo Amaro. Com a ampliação, todas as empresas locais dos setores de tecnologia da informação, design, fotografia, cinema, games, música e projetos audiovisuais poderão ter a alíquota do Imposto Sobre Serviço (ISS) reduzida de 5% para 2%. O documento foi assinado pelo prefeito Geraldo Julio.

Além das vantagens tributárias, as empresas embarcadas no Porto também ganham descontos em serviços, lojas e restaurantes do Bairro do Recife e passam a participar de encontros com investidores e financiadores organizados pelo parque. Segundo o presidente do Porto Digital, Francisco Saboya, os empresários têm ainda acesso liberado a assessorias especializas e possibilidade de uso gratuito dos laboratórios de audiovisual do Porto Mídia (braço de economia criativa da instituição) e aos cursos exclusivos de pós-graduação. “Essas 15 empresas que já se encaixam no nosso perfil são fruto de uma pesquisa prévia. Devem ter muito mais negócios da região que serão beneficiados além das empresas que querem vir para o estado há muito tempo e nunca temos espaço. Essa é uma demanda antiga do Porto e chegou em uma hora muito oportuna”, ressalta.

Será criada ainda uma zona preferencial de expansão, formada por toda a extensão da Avenida Conde da Boa Vista, em função de sua integração via transporte público com os demais territórios definidos. Nesse caso, a zona preferencial de expansão isoladamente não será parte do território do Porto Digital, porém poderá abrigar unidades operacionais de empresas instaladas no Bairro do Recife.

Pelos cálculos da Prefeitura do Recife, serão menos R$ 500 mil que deixarão de entrar nos cofres municipais por ano, mas que são recuperáveis de forma indireta com os investimentos. “Temos que fazer uma análise estrutural para percebermos que não estamos deixando de arrecadar valores e sim contribuindo de forma decisiva para o fortalecimento de um dos principais setores da economia do Recife”, avalia o prefeito Geraldo Julio.