Diario econômico

Bruna Siqueira Campos
brunasiqueira.pe@dabr.com.br
diariodepernambuco.com.br

Publicação: 01/07/2016 03:00

Outro PL na manga

A proposta de ampliação do capital estrangeiro nas aéreas brasileiras em até 100% voltou à fase inicial após pressões exercidas no Senado, mas o assunto continua a movimentar o Congresso. A Medida Provisória 714/2016 tinha prazo de validade e acabou aprovada no plenário da Casa Alta, há dois dias, com a condição de que o governo vetasse o artigo que trata do tema. Desta forma, o Legislativo retoma a discussão: o melhor é deixar o percentual em 20% ou ampliar o teto para 49%, como sugeria o texto original da MP? Sabe-se que a injeção de dinheiro novo neste momento de retração da aviação civil é indispensável para manter a competitividade do segmento. A demanda das empresas é antiga - tanto que sociedades atuais foram firmadas mediante arranjos jurídicos. Entre os parlamentares que defendem maior participação de investidores de outros países, mas com limitações, está o deputado federal Carlos Eduardo Cadoca (PDT-PE). Ele é autor do Projeto de Lei nº 2724/2015, atualmente na Comissão de Viação e Transportes da Câmara. O texto difere daquele que acaba de passar pelo Senado porque impõe três “travas” até o fechamento do negócio, no caso do limite de 49% ser ultrapassado. Cadoca explica que, para o controle acionário passar para as mãos dos estrangeiros, seria necessário obter autorizações prévias do Cade, do Ministério da Defesa e da Anac, que faz a regulação da atividade econômica. Na próxima semana, o deputado promete puxar a discussão com Moreira Franco, ex-ministro da Secretaria de Aviação Civil e atual secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República.
 
Sanovicz reticente
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz, também vê com cautela a ampliação do capital estrangeiro em até 100%. Na época de elaboração do PL de Cadoca, defendeu o limite de 49%.

Menos 3,2 milhões
Segundo a Abear, as companhias deixaram de transportar pouco mais de 3,2 milhões de passageiros dentro do país, de janeiro a maio. Em relação ao mesmo período de 2015, a retração foi de 8,2%.

Café na praça
A Prefeitura do Recife articula projeto inédito, de concessão de espaços urbanos à iniciativa privada, que vai ajudar a revitalizar praças, parques e até viadutos da cidade. A exemplo do programa de adoção de alguns equipamentos em vigor, a PCR quer permitir a instalação de cafés e até restaurantes nestes locais.

Até dez anos
O modelo é comum em outras cidades da América do Sul, como Santiago, no Chile. Tullio Ponzi, secretário executivo de Infraestrutura e Serviços Urbanos do Recife, diz que a concessão pode durar até dez anos. A verba seria usada para a conservação dos pontos de interesse, que estão sendo mapeados.

A meta da Porsche
A Porsche traçou sua meta para a concessionária que inaugurou ontem no Recife: vender 100 carros neste ano. Importadora oficial da marca, a Stuttgart vai abrir outras duas lojas até dezembro, chegando a nove - as próximas serão em Florianópolis e Campinas.

Aos fãs, fica a dica
Vale ressaltar que o primeiro exemplar a desembarcar no Brasil do 718 Boxster S, último lançamento da montadora, já está à mostra na Imbiribeira. O preço: R$ 371 mil. Só chegará a São Paulo na próxima semana.

Fábrica de cosméticos?
O presidente da AD Diper, Jenner Guimarães, iniciou as conversações com uma indústria - provavelmente da área de cosméticos - para instalação no estado. Ontem embarcou para São Paulo a fim de abrir as negociações.

Rodadas…
A 17ª edição da Fenearte, que vem com o tema Artesanato. Arte brincante, terá rodadas de negócios nos 11 dias de feira. Ana Nasi, do Sebrae-PE, adianta que há 30 compradores pré-cadastrados e a perspectiva é de movimentar mais que R$ 5 milhões.

…por 11 dias
Uma das facilidades oferecidas é o hotsite criado para que os lojistas possam avaliar as peças com antecedência. Antes, eles tinham acesso ao evento antes de abrir ao público, por um dia, para escolher. Agora podem conferir tudo antes pela internet.