DIARIO ECONôMICO » Da pirataria ao lucro

Pedro Ivo Bernardes

Publicação: 04/05/2024 03:00

Quem tem algum cabelo branco lembra da revolução provocada, no final da década de 90, pelo compartilhamento de arquivos digitais de música, que se popularizaram através de startups como o Napster e portais de torrent. Eram hosts onde os usuários compartilhavam, entre si, os arquivos de música e provocavam a ira da indústria fonográfica. Para os músicos, a venda de álbuns vinha caindo e rendendo cada vez menos e os shows e as grandes turnês passaram, aos poucos, a serem o carro-chefe do faturamento da música.

Depois de alcançar o auge e arregimentar mais de 80 milhões de usuários, o Napster foi descontinuado dois anos após a sua criação por decisão da justiça que entendeu o serviço como pirataria. Os sites mais populares de torrents também foram sendo retirados do ar, um a um, mas a indústria da música nunca mais seria a mesma. Principalmente depois da popularização da banda larga e dos serviços de streaming, criados entre os anos 2007 (Netflix) e 2008  (Spotify).

Essa combinação mudou por completo a economia da música e a forma como nós a ouvimos. Segundo balanço anual do Spotify, atualmente a maior plataforma de streaming do mundo, em 2023 a plataforma pagou mais de US$ 9 bilhões (cerca de R$ 45 bilhões) em royalties e direitos a artistas, compositores, gravadoras, produtores, distribuidores independentes, entre outros.

Streaming facilitou acesso ao público
O relatório do Spotify revela também a democratização do acesso ao mercado. Destes US$ 9 bilhões distribuídos pela plataforma, R$ 4,5 bilhões foram pagos a artistas e gravadoras independentes no ano passado. Sobre a carreira de músicos e compositores, o balanço aponta ainda que metade dos artistas que geraram ao menos US$ 10 mil em 2017 quintuplicaram sua receita, gerando mais de US$ 50 mil em 2023.

Entretenimento
Enquanto o Perse, socorro do governo federal ao setor de eventos, ainda aguarda a sanção presidencial, a Abrasel Pernambuco comemora a prorrogação, pela Sefaz, da redução da base de cálculo do ICMS do setor até abril de 2026.

Rotas pedagiadas
A Monte Rodovias, empresa que administra a Rota do Atlântico e a Rota dos Coqueiros, no litoral Sul de Pernambuco, está comemorando três anos na gestão das vias e destaca o investimento de R$ 186 milhões no período.

Aviação regional em crescimento
Encarado como ícone do crescimento da aviação regional no país, 13 jatos E-192-E2, da Embraer, serão entregues à companhia aérea Azul. Considerada a maior operadora de voos regionais do Brasil e da América Latina, a Azul possui atualmente uma frota de mais de 150 aeronaves e atende mais de 100 destinos no Brasil e em outros países.