A Cooperativa Central Gaúcha Ltda (CCGL) investiu R$ 130 milhões na construção da segunda fase da fábrica de leite em pó localizada na cidade de Cruz Alta, no Rio Grande do Sul. Com o início da operação, a unidade processará 2,2 milhões de litros de leite por dia. Mais de 50% deste total seguirá para os estados do Norte e Nordeste do país, maiores clientes do grupo. Juntas, as regiões respondem por 90% das vendas. A capacidade produtiva pode suprir aproximadamente 15% do leite em pó consumido no Brasil.

“O Norte e Nordeste do país são os maiores consumidores de leite em pó do país. Por isso temos a intenção de focar nessas regiões, que são mercados potenciais”, afirmou o presidente do grupo, Caio Cézar Vianna. Segundo o executivo, Pernambuco responde por 5% do total de vendas da marca. “Acreditamos que este percentual pode chegar em 15% nos próximos anos, quando esta linha produtiva estiver em plena operação”, disse.

O abastecimento dos estados do Norte e Nordeste do país começou em 2010, sendo a maior parte utilizando o modal rodoviário. “A concentração e secagem do leite permite que a indústria reduza os volumes transportados, contribuindo dessa forma para que o produto chegue aos mercados mais distantes com qualidade e economia de transporte. Já temos também algumas operações por meio de cabotagem, mas ainda é pouco. Prioritariamente o transporte é rodoviário”, contou Vianna. Sobre a possibilidade de construção de uma unidade nas regiões o presidente explica que o clima dificulta a prospecção.

“No Rio Grande do Sul podemos produzir pasto 12 meses no ano. O consumidor quer o melhor produto com o menor preço, então preciso gerar esta condição. Nossos estudos apontam que produzir no Sul dá esta garantia”, disse Vianna. A unidade de Cruz Alta irá gerar cinco mil empregos diretos e indiretos. O equipamento de secagem da planta possibilitará também a produção de derivados mais enriquecidos, como vitaminados e compostos. (R.D.)