Diario econômico

Bruna Siqueira Campos
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Publicação: 02/05/2017 03:00

Rumos para o dólar

A aversão ao risco dos investidores, provocada pela fragilidade da economia e pela conjuntura política turbulenta, fez com o que o câmbio flutuasse ao sabor do vento nos últimos dois anos. Só em 2015, primeiro ano de retração do PIB, o dólar subiu 48% e encerrou dezembro em R$ 3,94, o maior valor em praticamente 13 anos. Ao final de 2016, havia descido para a casa dos R$ 3,25, primeira baixa anual desde 2010. Movimento que continua com a queda da inflação, acompanhada das perspectivas de novas reduções da taxa básica de juros. Sinais estes que ajudaram a frear a alta do dólar no primeiro quadrimestre de 2017, com a moeda valendo R$ 3,17 - apesar de o Brasil estar longe de ser considerado um “porto seguro” pelos estrangeiros. Mas antes de comemorar uma provável estabilidade é preciso analisar o que vem por aí, dentro e fora do Brasil. Relatório assinado por Fernando Pavani, CEO e fundador da BeeCâmbio, considera que a expectativa de votação da reforma da Previdência e fatores políticos nos Estados Unidos e na França devem influenciar o câmbio neste mês. No cenário internacional, o analista acredita que as promessas não cumpridas por Trump favorecem a desvalorização do dólar frente ao euro. A votação do orçamento final do governo no Congresso norte-americano, agora em maio, é outro detalhe a se ficar de olho. No tocante às questões domésticas, tem o setor produtivo, que pode retirar o apoio à equipe econômica do governo Temer caso não sinta os sinais de recuperação da economia que tanto aguarda. A frequência das manifestações nas ruas também tende a aumentar com a pressão pela aprovação das reformas trabalhista e previdenciária.

Drible na crise
Com o desemprego em alta, o mercado de serviços informais desponta como saída para geração de renda. O aplicativo GetNinjas, que faz as vezes de intermediador entre o prestador de serviço e o cliente, prova que não falta mercado. Já movimenta R$ 300 milhões por ano, com 200 mil profissionais registrados e mais de 150 mil pedidos/mês.

Explorando a ilha
Os cruzeiros caíram no gosto da classe média e a popularidade das viagens de navio não tem passado despercebida pelas agências de turismo locais. A WM Tours aposta no destino Cuba para o carnaval: oferece circuito que inclui Havana, Ilha da Juventude, Jamaica e Ilhas Cayman, saindo de avião, do Recife, para a capital cubana.

Consumo consciente

A empreendedora Márcia Botelho acaba de colocar no ar a loja virtual Less is More (www.lessismore.com.br). Oferece itens novos e descolados para venda, mas o espírito do site é incentivar a troca e o comércio, de segunda mão, de roupas e acessórios de grifes autorais e designers brasileiros sem pontos fixos.

Pensando o regional
Representantes do Sebrae nos nove estados nordestinos estarão reunidos amanhã, no Recife, para mapear potencialidades nas áreas de turismo, energia e outros polos de desenvolvimento econômico regionais. O encontro é coordenador por Oswaldo Ramos, que assumiu a vice-presidência da Associação Brasileira dos Sebrae Estaduais – Nordeste.

Alô, estudantes
O MEC prorrogou até 31 de maio o prazo de renovação dos contratos junto ao Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) para o primeiro semestre de 2017.

Gestão familiar

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) promove na quinta-feira, a partir das 8h, palestra sobre os desafios da família empresária. Quem conduz o evento é Mary Nicollielo, responsável pela área de empresas familiares da PwC. Será no Courtyard by Marriott, em Boa Viagem.

Ponte com o México

O Renegade fabricado pela Jeep em Goiana, na Mata Norte, conquistou o mercado mexicano. Só em abril foram enviados 2.041 veículos da marca para lá, via Complexo de Suape. Em 2016, não foram mais do que 348 unidades. A Fiat Chrysler já exporta seus carros para Argentina, Costa Rica, Panamá, Peru, Uruguai e Chile.